Tokinho denuncia influenciador por assédio e preconceito em live
Tokinho compartilhou fotos de sua visita à delegacia nesta terça-feira (2/9) após registrar um boletim de ocorrência. Ele decidiu denunciar o influenciador Alexsander José, conhecido como Moskitão, alegando discriminação e assédio sexual. O motivo da denúncia foram comentários preconceituosos e capacitistas feitos por Moskitão durante uma live na última sexta-feira (29/8).
Em suas redes sociais, Tokinho revelou que se sentiu “desrespeitado, constrangido e perdido” com a situação. Ele explicou como tudo aconteceu: “Passei por uma situação extremamente desconfortável causada por alguém que eu não conhecia. Fui pesquisar sobre ele na internet porque suas falas sobre meu corpo e partes íntimas foram inaceitáveis. Ele tentou me assediar e até me deu um beijo.”
### O Caso
Tokinho detalhou que Moskitão fez comentários ofensivos, chamando-o de “anormal” por ter nanismo e insinuando que tinha um “fetiche” por pessoas com deficiência. Ele destacou a importância de agir diante de situações de assédio. “Registrei o boletim de ocorrência. A internet tem leis e quem passar por constrangimento deve denunciar. Agradeço à Polícia Civil e aos meus advogados pelo suporte. Tenho certeza de que as autoridades vão tomar as devidas providências”, disse Tokinho.
Essa história também gerou apoio de vários famosos nas redes sociais. Gkay escreveu: “Que absurdo! Desrespeito e preconceito, meu Deus, que triste! Estamos com você, amigo.” Pequena Lô também se manifestou: “Um horror, amigo! É triste saber que ainda existem aqueles que acham que fazer piadas capacitistas é engraçado!”
### Resposta de Moskitão
Por sua vez, Moskitão utilizou suas redes sociais para responder ao caso, pedindo desculpas pelo conteúdo da live. Ele admitiu que estava embriagado e fez “piadas de mau gosto”, mas alegou que estava apenas “interpretando um personagem”.
“Eu reconheço que passei do ponto, estava fora de mim. Nos meus vídeos normais, se alguém não gosta, eu apago na hora. Mas em uma live ao vivo, as coisas podem sair do controle. Eu só queria fazer uma piada”, explicou. Ele enfatizou que não tinha a intenção de ofender, mas que cada um tem o direito de não gostar do que ouviu e de levar a questão para a Justiça.
### Questões Legais
Vale lembrar que no Brasil o capacitismo é tratado como crime. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) prevê penas de um a três anos e multa para quem praticar discriminação. O assédio sexual, por sua vez, também é um crime definido, que acontece quando alguém usa sua posição para constranger outra pessoa em troca de favores sexuais. As penas variam de um a dois anos de prisão, além de multa.
Esses eventos sublinham a necessidade de respeito e compreensão, mostrando que certas atitudes não podem ser toleradas.