Boni explica a proibição de roupas chamativas na TV Globo
Um dos pilares da comunicação na TV Globo, a proibição de roupas e acessórios chamativos para jornalistas e apresentadores foi estabelecida há algumas décadas, mas ainda gera discussões. Essa regra, que faz parte de um memorando de 1993, foi criada pelo ex-diretor Boni, uma figura icônica na emissora. Ele trabalhou lá desde a década de 1960 até 1997 e continuou como consultor até 2001. Mesmo com o passar do tempo, a norma ainda é mantida, embora em algumas situações seja aplicada de forma mais flexível.
Recentemente, o pai de Boninho explicou essa decisão em um vídeo nas redes sociais. O raciocínio é bem simples: o foco deve sempre estar nas notícias, e não nas roupas ou acessórios dos apresentadores. Boni compara a situação com o teatro, onde um ator pode distrair a plateia com algo que não faz parte da cena. Para ele, se um jornalista estiver usando algo que chama muito a atenção, isso pode desviar o foco da informação que realmente importa.
Ele falou sobre isso, dizendo que “chamamos isso tecnicamente de ‘vampiro’”. A ideia é que brincos grandes, roupas com estampas chamativas ou qualquer elemento que possa brilhar e retirar a atenção da informação principal deve ser evitado. A mensagem é clara: “O importante é a notícia, não quem a apresenta.”
O documento de 1993 que formaliza essa regra é bem rigoroso. Ele destaca que não são apenas as cores que estão em questão, mas também os padrões das roupas. Ternos, blusas e vestidos com estampas ou listras, por exemplo, são estritamente proibidos. Quanto às joias, a orientação é que sejam discretas, sem brilho exagerado que possa desviar olhares.
Essa abordagem visa criar um ambiente onde o que realmente conta é a mensagem que está sendo passada, não a aparência de quem a transmite. No fundo, a ideia é simples: o foco deve ser sempre a informação que está sendo compartilhada, livre de distrações.
