Vacina contra câncer de pulmão começará testes em humanos em 2026

O mundo da medicina avança a passos largos, e uma novidade empolgante está a caminho: a LungVax, a primeira vacina preventiva contra o câncer de pulmão. Os testes em humanos estão programados para começar no próximo ano, fruto de uma parceria entre a Universidade de Oxford e a University College London. Esse projeto representa um marco importante no combate a um dos cânceres que mais mata globalmente.

A proposta da vacina é inovadora. Ela pretende ensinar o sistema imunológico a identificar células pulmonares que estão se comportando de forma estranha, antes mesmo de um tumor aparecer. Para colocar essa ideia em prática, os pesquisadores conseguiram um financiamento considerável de R$ 13 milhões.

Como funciona a vacina

A LungVax utiliza um vetor viral modificado, que não causa nenhuma infecção. Pense nisso como um “transportador” que leva instruções específicas para as células. Essas instruções consistem em um pedacinho de DNA, que, ao chegar nas células do corpo, faz com que elas produzam uma proteína chamada NY-ESO-1.

Essa proteína é crucial porque sua presença geralmente indica que algo não vai bem nas células — é um sinal de que pode haver alterações precoces que, se deixadas de lado, podem levar ao câncer. Ao apresentar essa proteína ao sistema imunológico antes que o câncer se desenvolva, a vacina ajuda o corpo a reconhecer e combater essas alterações precoces.

Assim, a LungVax cria uma vigilância imunológica contínua nos pulmões, que está sempre alerta para detectar essas mudanças iniciais, antes que elas se tornem um problema maior.

Quem pode se beneficiar

O enfoque da LungVax é claro: prevenir o câncer de pulmão, especialmente em pessoas com alto risco de recidiva, como aquelas que já enfrentaram a doença em estágio inicial e passaram por uma cirurgia. Além disso, a vacina também será testada em indivíduos que estão sendo monitorados devido a alterações pulmonares detectadas.

Passos do estudo

Os cientistas já conseguiram o sinal verde para iniciar os testes em humanos. O primeiro passo é garantir que a vacina seja segura para os voluntários. Em seguida, os pesquisadores vão investigar como ela age no corpo e, finalmente, avaliar se realmente previne o câncer.

Após confirmar a segurança, a próxima fase envolve aplicar a vacina em um grupo maior de pessoas com alto risco e comparar os resultados com outro grupo que não receberá a vacina, conhecido como grupo controle. Esse processo é essencial para entender a eficácia do tratamento.

A pesquisa promete iluminar novos caminhos na prevenção do câncer de pulmão e traz esperança para muitos que, um dia, poderão se beneficiar dessa abordagem inovadora.

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