Novas diretrizes diminuem limite do colesterol ruim para prevenir infartos

Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) trouxe uma atualização importante sobre como lidar com dislipidemias, que é o aumento do colesterol e dos triglicerídeos no sangue. Essas novas diretrizes são especialmente relevantes para quem tem risco elevado de problemas cardíacos. Agora, temos metas mais rigorosas para o colesterol e uma nova categoria de risco chamada “extrema”. Além disso, a SBC recomenda que se meça a lipoproteína (Lp(a)) pelo menos uma vez na vida, já que seu excesso é genético e pode aumentar as chances de doenças no coração.

Manter o colesterol sob controle é fundamental. O acúmulo de colesterol nas artérias pode levar à aterosclerose, uma condição crônica que dificulta o fluxo sanguíneo. Essa doença é responsável por problemas sérios, como infartos e acidentes vasculares cerebrais, que figuram entre as principais causas de morte tanto no Brasil quanto no mundo.

Categorias de Risco e Novas Metas

Uma das atualizações mais impactantes diz respeito aos níveis de LDL, popularmente conhecido como “colesterol ruim”. Para quem não tem um histórico cardíaco preocupante, o nível ideal agora é de até 115 mg/dL, uma redução em relação aos 130 mg/dL que eram recomendados anteriormente em 2017. Para aqueles com risco intermediário, o limite permanece abaixo de 100 mg/dL, enquanto os de risco alto devem ter valores abaixo de 70 mg/dL, e os de risco muito alto abaixo de 50 mg/dL.

Além disso, para quem está em um “risco extremo”, o limite ideal de LDL agora é até 40 mg/dL. Essa nova categoria considera fatores como histórico familiar de doenças cardíacas, obesidade, diabetes e esteatose hepática.

Valores de Não-HDL e Importância da Lp(a)

Outra mudança significativa envolve o não-HDL, que refere-se a todo o colesterol presente no sangue, menos o HDL, conhecido como “colesterol bom”. Este também se torna uma meta importante a ser monitorada. Para pessoas com baixo risco, o valor ideal de não-HDL agora é até 145 mg/dL, anteriormente 160 mg/dL. Para os outros níveis de risco, as metas permanecem inalteradas: intermediário, abaixo de 130 mg/dL; alto, até 100 mg/dL; muito alto, 80 mg/dL; e extremo, 70 mg/dL.

Um ponto novo e relevante é a recomendação de que todos façam o teste para a lipoproteína (Lp(a)). Os níveis ideais devem estar abaixo de 30 mg/dL. Embora ainda não existam tratamentos específicos para níveis elevados, conhecer essa informação pode ajudar os médicos a avaliar melhor o risco cardiovascular e planejar estratégias de prevenção.

Tratamento para Colesterol Alto

As diretrizes também trazem novidades sobre o tratamento. Para pacientes considerados de risco alto ou extremo, que não conseguem controlar o colesterol apenas com estatinas, agora há sugestões para incluir outros medicamentos logo no início do tratamento. Entre eles, temos a ezetimiba, terapias anti-PCSK9 e ácido bempedoico. Essas opções são especialmente úteis para pessoas que têm intolerância a estatinas ou que precisam de uma redução ainda maior no risco.

Essas atualizações são essenciais para ajudar na prevenção de doenças cardíacas e melhoram o manejo dos cuidados relacionados à saúde do coração.

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