Luiz Perillo morre após transplante de cinco órgãos
Luiz Perillo, um arquiteto de 35 anos, faleceu na terça-feira (30), apenas uma semana após ter passado por um transplante multivisceral para receber cinco órgãos de um único doador. Ele enfrentava a trombofilia, uma condição que aumentava a chance de formação de coágulos sanguíneos, e aguardava por essa cirurgia há quatro anos. A luta dele contra a doença foi amplamente acompanhada nas redes sociais, onde ele compartilhava momentos de sua jornada e, infelizmente, foram também essas plataformas que anunciaram sua morte.
Logo pela manhã, sua mãe, Jussara Martins, fez uma homenagem emocionada no Instagram, dizendo: “Que o Senhor te receba de braços abertos. Você lutou bravamente! Te amo para sempre! Descanse em paz!” Desde que Luiz iniciou o processo do transplante, ela vinha atualizando os seguidores sobre seu estado de saúde, comentando até sobre algumas complicações que surgiram.
Infelizmente, Luiz desenvolveu uma infecção após a primeira fase do transplante, o que o levou a interromper o procedimento para se recuperar. Infelizmente, um incidente mais grave ocorreu: ele sofreu uma parada cardíaca. A causa exata de sua morte não foi divulgada pelos médicos ou pela família.
Um procedimento complexo
Na última mensagem que Luiz postou em suas redes, ele revelou que havia recebido a confirmação do transplante, um procedimento bem complexo e realizado em poucos hospitais do Brasil. Essas cirurgias, que envolvem a troca de múltiplos órgãos, são raras e exigem uma estrutura hospitalar muito bem equipada — atualmente, apenas cinco instituições têm essa habilitação.
Recentemente, o transplante multivisceral começou a ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), uma mudança que trouxe nova esperança a muitos pacientes como Luiz. “A espera já é um processo muito difícil e desgastante emocionalmente. Ficar longe da família e dos amigos só piora a situação, além do peso financeiro”, ele compartilhou em uma entrevista ao G1.
Luiz lidava com a trombofilia desde 2018 e passou por várias internações. Com o tempo, seus órgãos começaram a falhar — estômago, pâncreas, fígado, intestino e rins. Por anos, ele precisou permanecer no hospital para garantir que sua saúde estivesse estável o suficiente para aguardar a cirurgia. Era um processo delicado em que a compatibilidade dos órgãos do doador era essencial.