Intoxicação medicamentosa: entenda o caso de Lô Borges

A morte do cantor e compositor Lô Borges, aos 72 anos, trouxe à tona um tema muito importante: os riscos da automedicação e do uso inadequado de medicamentos. Lô, que era um dos ícones do Clube da Esquina, passou por complicações devido a uma intoxicação medicamentosa e estava internado na UTI de um hospital em Belo Horizonte desde 17 de outubro.

A intoxicação pode ocorrer por diversas razões. Isso inclui erros na prescrição de remédios, uso indevido, automedicação ou até interações entre diferentes medicamentos. O que muitos não sabem é que mesmo o uso correto pode causar reações graves, principalmente em pessoas mais sensíveis.

Entendendo a intoxicação medicamentosa

Qualquer tipo de remédio tem potencial de causar problemas. O grande risco está na forma como são usados. Até medicamentos que podem ser comprados sem receita, como analgésicos e antigripais, exigem atenção ao serem tomados. Se não houver cuidado, quadros que parecem leves podem se agravar rapidamente, levando a complicações sérias. Isso é ainda mais crítico para grupos específicos, como os idosos ou pessoas com doenças preexistentes.

Causas e quem está mais vulnerável

Pessoas com doenças renais, hepáticas ou problemas psiquiátricos estão entre as mais afetadas. Aqueles que fazem uso de múltiplos medicamentos também entram na lista de risco. As casas são o local mais comum para essas intoxicações, segundo dados da Secretaria da Saúde de São Paulo. Antidepressivos, benzodiazepínicos e anti-inflamatórios estão frequentemente envolvidos.

Sintomas para ficar de olho

Os sinais de intoxicação podem variar muito. Eles podem aparecer em questão de minutos ou até dias após a ingestão da substância. Os sintomas incluem tontura, vômito, confusão mental e até alterações na respiração. Em casos graves, a situação pode piorar rapidamente, levando a convulsões ou perda de consciência.

O que fazer em caso de intoxicação

Identificou algum sintoma? O ideal é procurar um médico imediatamente. Não é recomendado provocar vômito nem tentar remédios caseiros. O tratamento deve ser feito em um hospital, onde as funções vitais do paciente serão monitoradas. Em situações críticas, a ventilação mecânica pode ser necessária.

Os antídotos disponíveis pelo SUS podem ajudar em muitos casos. Eles são adaptados conforme o tipo de medicamento envolvido e a condição do paciente.

Diferenciando sintomas: alergia ou intoxicação?

É importante saber que alergias e intoxicações têm diferenças. Alergias são reações do sistema imunológico e podem levar a choques anafiláticos, enquanto a intoxicação é uma resposta direta do organismo ao toxinas dos medicamentos.

A quem recorrer?

Suspeitas de intoxicação devem ser comunicadas ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIAT). Eles oferecem orientações gratuitas pelo número 0800 722 6001. É sempre melhor prevenir do que remediar, então fica a dica: atenção redobrada ao usar qualquer medicamento!

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