Fábrica produzirá 200 milhões de mosquitos semanais contra a dengue

A luta contra as doenças transmitidas por mosquitos no Brasil ganhou um reforço e tanto! Após a intensa crise de dengue de 2024, que teve mais de 4 milhões de casos e deixou um rastro de luto com milhares de mortes, a questão se tornou ainda mais urgente. Com isso em mente, uma nova unidade da Oxitec, localizada em Campinas (SP), promete revolucionar o combate ao Aedes aegypti.

Essa nova instalação deve produzir incríveis 190 milhões de ovos de Aedes aegypti semanalmente, superando o antigo recorde de produção da Wolbito em Curitiba. O objetivo aqui é bem claro: ajudar governos e comunidades a enfrentarem epidemias de dengue, zika e chikungunya. A fábrica foi inaugurada no início de outubro e já está pronta para fornecer mosquitos “contaminados”.

Os insetos que saem dessa unidade são infectados com a bactéria Wolbachia, que, segundo a Oxitec, pode reduzir a transmissão da dengue em mais de 75% quando espalhada entre a população de mosquitos. Essa técnica já vem sendo utilizada no Brasil pela Fiocruz, mostrando que a inovação se une à experiência para o bem da saúde pública.

A importância dessa iniciativa se torna ainda mais nítida quando olhamos para os dados da crise de dengue de 2024. O país registrou um índice alarmante de 1.881 casos para cada 100 mil habitantes. Fabiano Pimenta, secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, destacou que essa cooperação entre empresas é essencial. “Não estamos competindo, mas colaborando. O que aconteceu foi uma verdadeira evolução na saúde pública do Brasil”, comentou, refletindo sobre como a inauguração da Wolbito, que era considerada a maior do mundo, foi rapidamente superada pela nova unidade.

Com a capacidade dessa fábrica de Campinas, até 100 milhões de pessoas podem ser protegidas anualmente. A Oxitec já pediu à Anvisa a liberação para começar as atividades ainda em março de 2025 e aguarda ansiosamente pela aprovação. Segundo Natalia Verza Ferreira, diretora-executiva da Oxitec Brasil, essa estrutura permitirá uma resposta rápida ao Ministério da Saúde para expandir a tecnologia, garantindo que mais comunidades sejam beneficiadas de forma acessível.

Situações como essas nos fazem perceber o poder da inovação no combate a problemas tão sérios.

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