Depoimentos de doadores de medula óssea incentivam voluntários
Conheça a história de Adilson Rodrigues da Silva, que há 15 anos fez a doação de medula óssea para a atriz Drica Moraes, entre outras narrativas inspiradoras.
Neste domingo, inicia a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. Essa data, que foi estabelecida pela Lei nº 11.930/2009 e atualizada pela Lei nº 14.530/2023, é uma ótima oportunidade para lembrar a importância dessa causa. O Portal Caiçara conversou com pessoas que compartilharam suas experiências de doação e transplante de medula, como a história de Adilson.
No início de julho deste ano, a atriz Drica Moraes celebrou 15 anos desde que recebeu a medula. Em uma postagem nas redes sociais, ela expressou que seu doador se tornou como um irmão para ela. Depois de cinco anos de espera, finalmente se encontraram, e a emoção foi palpável. Adilson não escondeu que ajudar uma paciente com leucemia mieloide aguda impactou sua vida.
O Encontro Emocionante
“Foi uma experiência emocionante. O Redome [Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea] entrou em contato e logo concordamos em nos conhecer. Fui buscá-la no aeroporto de Presidente Prudente. Ela conheceu minha família e foi tudo muito bonito. Sentimos uma conexão como se fôssemos irmãos”, contou Adilson.
Ele, que é eletricista, decidiu ser doador após ver uma campanha enquanto fazia um curso. “Achei interessante e pensei: ‘Por que não ajudar alguém?’ Fiz os exames e logo souberam que eu era compatível. Não hesitei, fui doar”, explicou. Adilson destacou que o procedimento foi simples e realizado por punção. “Correu tudo bem, é muito mais tranquilo do que a maioria das pessoas imagina”, lembrou.
A Importância da Doação
Adilson ainda continua doando e enfatiza a importância de tornar essa prática mais comum. “É um procedimento simples que pode salvar vidas, e isso não tem preço. Se mais pessoas soubessem como é fundamental essa ajuda, provavelmente teríamos muitos mais doadores”, disse.
Um Novo Começo
Outra história tocante é da psicanalista Maria Isabel Medeiros de França, que também recebeu uma nova chance através de seu filho, Gabriel de França Cancela. Maria Isabel, de 63 anos, viveu um momento de desespero após ser diagnosticada com leucemia mieloide aguda. Quando soube que seu filho era compatível, foi um alívio. “Essa troca de papéis foi incrível. Passei a ser a filha dele também”, contou com emoção.
Gabriel também falou sobre a experiência de ser doador. “Senti um misto de alegria e gratidão ao saber que podia ajudar minha mãe. O processo foi tranquilo, bem diferente da ansiedade que sentimos antes”, afirmou. Ele ainda destacou que a doação não só muda a vida de quem recebe, mas impacta toda a família.
Como Se Tornar um Doador
O Redome, mencionado por Adilson, é um dos maiores registros de doadores de medula do mundo. Para se cadastrar, é necessário ir a um hemocentro próximo, ter entre 18 e 35 anos, apresentar um documento oficial com foto e estar saudável. Após ler e assinar um termo de consentimento, o doador faz uma coleta de sangue, que identifica a compatibilidade genética.
Caso surja uma compatibilidade, o Redome entra em contato, embora isso possa levar anos ou, em alguns casos, nunca acontecer. O cadastro permanece ativo até a pessoa completar 60 anos.
Essas histórias nos mostram como a doação de medula óssea é essencial e como um ato de generosidade pode mudar vidas.
