Clínica responde a paciente que alega perda de movimentos após cirurgia
A rotina de Bruna Conceição dos Santos, uma técnica de enfermagem de 25 anos que mora em Samambaia Sul, no Distrito Federal, mudou drasticamente após um procedimento para tratar a endometriose. Segundo ela, a intervenção que deveria aliviar suas fortes dores resultou em um problema sério: Bruna ficou sem conseguir andar. O tratamento ocorreu na Clínica L’Essence, em Brasília, mas a clínica se defendeu, dizendo que não realizou essa operação.
Bruna relatou que passou por uma série de procedimentos na tentativa de tratar sua dor intensa. A clínica, por sua vez, negou qualquer vínculo com o caso, afirmando em nota que apenas realiza procedimentos de baixa complexidade e que não havia notificação judicial sobre o ocorrido.
### A Versão da Clínica
Em sua declaração, a Clínica L’Essence enfatizou que os tratamentos mencionados por Bruna foram realizados em ambientes hospitalares diferentes, onde os médicos têm plena responsabilidade sobre os procedimentos. A clínica também quis assegurar que segue normas rigorosas de segurança e ética nos atendimentos. Além disso, destacou que não tem ligação direta com o caso da paciente, uma vez que o acompanhamento foi apenas ambulatorial antes do encaminhamento.
### O Que Aconteceu com Bruna
O que levou Bruna a buscar ajuda foi a dor insuportável que sentia. Ela descreveu como o médico que a atendeu na clínica explicou o implante de um neuroestimulador sacral, que requer uma série de etapas e bloqueios. Ela estava animada, mas nem mesmo após dez sessões de bloqueio venoso a dor foi embora. A frustração a levou a chorar, pois buscava uma solução. Em um momento de desespero, o médico optou pelo uso de fenol para bloquear o nervo responsável pela dor.
Maxwell, o marido de Bruna, também ficou preocupado e destacou que não receberam informações claras sobre os riscos do fenol. Bruna, por sua vez, revelou que descobriu depois que o fenol deveria ser utilizado em uma concentração bem menor do que a que foi aplicada.
### Reação da Anvisa
Logo após o que aconteceu com Bruna, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou uma atitude: emitiu uma resolução proibindo o uso de fenol em tratamentos médicos e estéticos, devido aos elevados riscos envolvidos.
Atualmente, Bruna enfrenta sérias consequências do procedimento, com diagnósticos de neuropatia e problemas nos membros inferiores, além da dor crônica que sempre a acompanhou. Ela agora lida com uma nova e complexa realidade.
