Anticoncepcionais podem afetar libido; saiba mais sobre o tema

Os métodos anticoncepcionais são um baita aliado para quem não quer engravidar, né? Porém, quando falamos da pílula anticoncepcional, surgem algumas dúvidas sobre como ela pode impactar o desejo sexual das mulheres. Para entender melhor essa questão, o Portal Caiçara conversou com uma especialista.

O que a pílula faz no corpo?

De acordo com Polyana Mattedi Carvalho, coordenadora da Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Mater Dei em Goiânia, a pílula age bloqueando a ovulação e, como resultado, diminui a produção de diversos hormônios, incluindo a testosterona, que está ligada ao desejo sexual. Além disso, a pílula aumenta uma proteína no sangue que “prende” a testosterona, reduzindo a quantidade que fica livre para o corpo usar. Isso pode ser um motivo para algumas mulheres perceberem uma diminuição na libido.

Libido: mais que só hormônios

Vale lembrar que a libido não depende apenas dos hormônios. Situações do dia a dia, como estresse, a qualidade do sono, o estado do relacionamento e a saúde emocional, tudo isso também tem um peso significativo. Portanto, não dá para colocar toda a responsabilidade apenas na pílula.

Polyana destaca que cada mulher reage de um jeito. Se a queda na libido se torna um incômodo, a dica dela é: converse com seu ginecologista. Existem opções para lidar com isso!

Alternativas contraceptivas

A ginecologista também comentou que há outras opções contraceptivas para quem está enfrentando esse problema. Por exemplo, é possível trocar a formulação da pílula, alterando a dosagem ou o tipo de hormônio. Para quem deseja evitar hormônios, o DIU de cobre é uma boa escolha, pois não interfere na produção hormonal. Além disso, existem métodos hormonais que atuam localmente, como o DIU hormonal, que libera progesterona em baixas doses, causando um impacto sistêmico menor.

A individualidade feminina

Por fim, Polyana reforçou que cada mulher é única. A seleção do método anticoncepcional deve considerar a história de saúde de cada uma, fatores de risco, preferências pessoais e até contraindicações. Assim, é sempre bom manter um diálogo aberto com o profissional de saúde, garantindo uma escolha mais adequada e segura.

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