Oruam sai do presídio em Bangu e usa tornozeleira eletrônica

O rapper Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, recebeu liberdade provisória na última segunda-feira, dia 29 de setembro. Ele deixou a Penitenciária Serrano Neves, localizada no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Logo após sair da prisão, ele compartilhou uma foto da tornozeleira eletrônica que está usando e um vídeo no qual improvisa um rap. O artista ainda se apresentou usando uma máscara do Homem-Aranha, a mesma que utilizou quando foi recebido por fãs ao deixar o presídio. Na legenda da postagem, ele expressou seus sentimentos com um emoji triste.

A decisão de soltar Oruam foi tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que substituiu a prisão preventiva dele por medidas cautelares. Nisso, o tribunal especificou que deve ser o juízo do Tribunal de Justiça do Rio a cuidar de como essas imposições serão seguidas.

Entre as medidas que Oruam deve cumprir estão a apresentação mensal ao juiz, a atualização do seu endereço fixo, e a proibição de deixar a comarca por mais de sete dias sem autorização. Além disso, ele deve se recolher em casa entre as 20h e 6h, evitar áreas consideradas de risco, como o Complexo do Alemão, e não ter contato com os outros acusados, incluindo um adolescente mencionado no caso.

O rapper estava detido desde o dia 22 de julho, quando se apresentou ao órgão competente um dia após a decretacão da prisão preventiva. Ele responde a uma acusação por tentativa de homicídio qualificado. Segundo a polícia, Oruam teria lançado pedras de uma altura de aproximadamente 4,5 metros, atingindo um agente durante um confronto na porta de sua residência, que fica no Joá.

Nas redes sociais, Oruam refletiu sobre sua experiência na prisão através de letras que falavam sobre as críticas que recebeu na televisão e um pedido de perdão a Deus. Ele é filho de Márcio Nepomuceno, mais conhecido como Marcinho VP, apontado pelo Ministério Público como membro de destaque do Comando Vermelho. As tatuagens do rapper, que fazem homenagem ao pai e a Elias Maluco — este último condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes — também chamam a atenção.

Em sua decisão, o relator do caso no STJ, Joel Ilan Paciornik, criticou os fundamentos da prisão preventiva, destacando que eram muito genéricos e careciam de elementos concretos que justificassem a detenção do rapper. Ele citou, por exemplo, que a quantidade de entorpecentes encontrada era pequena e que Oruam não tinha antecedentes criminais. Assim, ele poderá responder em liberdade até o julgamento do recurso.

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