MP arquiva inquérito por estupro contra Saulo Pôncio

Documentos obtidos pelo Portal Caiçara mostram que o Ministério Público do Rio de Janeiro não encontrou provas que sustentassem uma denúncia contra Saulo Pôncio por acusação de estupro. Com a decisão da Procuradoria-Geral de Justiça, fica confirmado o arquivamento definitivo do inquérito, o que significa que não existem indícios suficientes que justificassem o prosseguimento do caso na Justiça.

Para o MP, isso quer dizer que não houve evidências que permitissem uma acusação criminal. O caso estava sob investigação desde 2020, e foi avaliado por promotores e peritos durante meses. No final, a conclusão foi de que não havia elementos mínimos para seguir com o processo.

O arquivamento foi formalizado na 32ª Vara Criminal do Rio. Após a decisão inicial do MP, a acusação solicitou a revisão do arquivamento, mas esse pedido foi rejeitado. Em um despacho oficial, a Procuradoria confirmou que a investigação estava encerrada.

As decisões do MP se basearam em três pontos principais: a falta de provas materiais, a fragilidade das evidências apresentadas e contradições nos depoimentos ao longo do inquérito. Essas inconsistências, segundo os promotores, impediram a formação de uma convicção segura sobre os fatos.

Um aspecto importante da decisão foi o resultado dos exames periciais. Laudos do Instituto Médico-Legal e um parecer de um médico perito, conhecido na área, mostraram que não havia sinais de violência sexual. O exame ginecológico foi considerado normal e não indicou qualquer relação sexual forçada, como havia sido alegado. Os laudos também não encontraram lesões que sugerissem o uso de força física.

Embora crimes sexuais possam ocorrer sem testemunhas, a análise do MP destacou que a palavra da suposta vítima deve ser corroborada por outros elementos objetivos. No caso em questão, essas evidências não estavam presentes. Além disso, os depoimentos apresentaram diferenças em relação ao local e à sequência dos eventos, o que comprometeu a credibilidade das acusações.

Mesmo após a tentativa da acusação de reverter o arquivamento, a Procuradoria manteve a decisão da Promotoria, afirmando que não surgiram novas provas que pudessem alterar o cenário já considerado.

Após o arquivamento, Saulo Pôncio se manifestou oficialmente, afirmando que as acusações graves impactaram sua vida pessoal e profissional. Ele destacou que o Ministério Público conduziu uma apuração rigorosa, que não encontrou indícios de crime. Saulo também alegou que a denunciante fez divulgações indevidas sobre o processo, contribuindo para a circulação de informações que não refletiam os dados reais.

Em sua nota, ele mencionou que as inconsistências nos relatos apresentadas durante a investigação foram fatores que levaram ao arquivamento do caso. Por fim, Saulo afirmou que ações legais serão tomadas para proteger sua honra e dignidade, responsabilizando aqueles que disseminaram acusações já descartadas pelas autoridades.

Os documentos também indicam que, em um processo diferente iniciado em 2025, houve uma mudança na posição judicial de Saulo, que agora busca proteção do sistema de Justiça em uma nova situação.

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