Volta por Cima: Doação de Órgãos por Doador Vivo
A trama da novela Volta por Cima traz à tona um tema de grande relevância social e médica: a doação de órgãos entre irmãos. No episódio desta sexta-feira (25/04), Nando, interpretado por João Gabriel DAleluia, enfrenta uma grave falência hepática e seu irmão Jão, vivido por Fabrício Boliveira, decide se oferecer para doar parte de seu fígado. Esta narrativa destaca o procedimento de transplante hepático com doador vivo, um tópico complexo que ganha vida na ficção, mas também reflete realidades enfrentadas por muitas famílias.
Para entender melhor esse procedimento, o @canaldosfamosos conversou com o cirurgião Dr. Felipe Mello, especialista em transplantes hepáticos no Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ). O hospital é reconhecido como um dos maiores centros transplantadores de fígado do Rio de Janeiro, e é lá que a ciência e a solidariedade se encontram de forma exemplar.

Aspectos do Transplante Hepático
O fígado é um dos poucos órgãos do corpo humano que possui a capacidade de regeneração, permitindo que uma parte dele seja retirada para salvar outra vida. Segundo Dr. Mello, é possível doar entre 60 a 70% do fígado, e com apenas 30 a 40%, o órgão consegue se regenerar completamente em aproximadamente um mês. Essa capacidade notável é crucial, especialmente em situações de emergência como a vivida por Nando na novela.
Contudo, a doação de órgãos não é uma decisão simples. Existem critérios rigorosos para garantir a segurança do doador, como ter até 55 anos, boa saúde geral, e não ser obeso. O uso de álcool e medicamentos também é analisado de forma minuciosa, considerando que o histórico completo de saúde é vital para a avaliação. O doador é uma pessoa saudável que, de forma altruísta, se submete a uma cirurgia complexa. Por isso, sua saúde deve ser nossa prioridade, enfatiza o cirurgião.
Desafios e Considerações Emocionais
A situação de Nando não é única. O uso de anabolizantes entre jovens tem contribuído para um aumento de casos de falência hepática aguda, frequentemente levando à necessidade de transplante. Com a diminuição de doações de órgãos provenientes de morte encefálica, o transplante de órgãos de doador vivo se torna uma alternativa viável e, em muitos casos, a única opção. Isso levanta questões emocionais e psicológicas significativas para o doador e o receptor.
Dr. Mello explica que a avaliação para doação envolve uma análise cuidadosa tanto do doador quanto do receptor. É fundamental que o pré-operatório seja bem conduzido, com apoio psicológico e social, garantindo que a decisão de doar seja a melhor para todos os envolvidos. Essa abordagem holística ajuda a preparar os pacientes para os desafios que podem surgir ao longo do processo.
A Evolução dos Procedimentos Cirúrgicos
Nos últimos anos, os avanços na técnica cirúrgica têm contribuído para aumentar a segurança dos transplantes. Um dos progressos é a possibilidade de utilizar segmentos menores do fígado, o que minimiza o impacto cirúrgico sobre o doador. Atualmente, removemos menos massa hepática, o que torna a cirurgia menos invasiva, afirma Dr. Felipe Mello. Isso representa um grande passo em direção a procedimentos mais seguros e eficazes.
Além disso, o médico alerta sobre os riscos do uso de esteroides anabolizantes, que podem causar danos significativos ao fígado e levar à necessidade de transplantes urgentes. A conscientização sobre esses riscos é essencial, principalmente entre os jovens que buscam melhorar a performance física.
Fique por dentro!
Para saber mais sobre o fascinante mundo dos transplantes e a importância da doação de órgãos, siga @canaldosfamosos nas redes sociais. Mantenha-se atualizado sobre tudo que envolve saúde e solidariedade!
Explore mais sobre este assunto e descubra como você pode contribuir ou se beneficiar com informações sobre doação de órgãos. Compartilhe este conteúdo e ajude a disseminar conhecimento que pode salvar vidas!