Vítima de Racismo no Mackenzie é Diagnosticada com Transtorno Pós-Traumático
A aluna de 14 anos, que foi encontrada desacordada no banheiro do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em Higienópolis, São Paulo, recebeu alta do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) após quase 15 dias de internação. Diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático e depressão grave, a adolescente ainda não tem condições de retornar à escola e permanece sob cuidados intensivos.
Segundo a advogada da família, Réa Sylvia, a jovem está enfrentando crises de choro e pânico, e já tentou tirar a própria vida dentro do CAPS. Ela não se sente segura para voltar ao Mackenzie, onde afirma que estava sendo ameaçada e perseguida por colegas e superiores.

Contexto da Situação
Além da adolescente, os irmãos mais novos, também bolsistas, relataram episódios de perseguição. Conversas entre eles, que foram acessadas pela defesa, mostram a gravidade da situação. A defesa da família estuda a possibilidade de entrar com medidas protetivas contra alguns funcionários da escola, que, segundo eles, não reconheceram o problema e tentaram desqualificar as denúncias.
O caso ganhou notoriedade no final de abril, quando a jovem foi encontrada desmaiada com um cabo de celular amarrado ao pescoço, após um vídeo constrangedor ser compartilhado entre os alunos sem seu consentimento. Este vídeo, que a mostrava beijando um colega, foi parte de um desafio imposto por colegas, levando à intensificação do bullying que ela já sofria por ser bolsista e negra.
Ofensas raciais e homofóbicas tornaram-se comuns, e a jovem enfrentava comentários desumanizadores. Apesar das queixas enviadas à coordenação do Mackenzie, a família afirma que as denúncias foram ignoradas. A advogada mencionou que a coordenadora chegou a desmerecer as alegações da adolescente, chamando-as de mimimi. A delegada responsável pela investigação já requisitou a apuração da conduta da coordenadora.
Investigação e Acompanhamento
A Polícia Civil está investigando os crimes de racismo, bullying, homofobia, ameaça e exposição de intimidade. As investigações incluem a hipótese de tentativa de suicídio e se houve indução ao ato. O Ministério Público também foi acionado e convocou a mãe da vítima para prestar esclarecimentos.
A jovem tentou contra a vida duas vezes, e sua condição de saúde tem sido uma preocupação constante. A advogada tem buscado garantir que a adolescente receba o tratamento adequado, mas afirma que um acordo inicial com o Mackenzie para custear o tratamento não foi cumprido. Apesar das promessas de colaboração, a família ainda não recebeu o suporte necessário.
O Colégio Mackenzie informou que se solidariza com a família e que está colaborando com as investigações, mas ainda não se manifestou sobre a situação de perseguição relatada pelos irmãos da aluna. O espaço está aberto para retratação e esclarecimentos.
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