Vice do Fluminense critica judicialização e vascainização

Durante uma reunião realizada nas Laranjeiras, o vice-presidente geral do Fluminense, Mattheus Montenegro, fez declarações contundentes sobre a situação do clube, especialmente em relação à proposta de criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Ele criticou a judicialização do debate interno e mencionou o que chamou de vascainização, alertando para os riscos de brigas judiciais constantes que poderiam afetar o clube.

Montenegro expressou que o ideal seria evitar a utilização do judiciário para resolver disputas internas. A pior coisa que poderia acontecer é o que eu chamo de vascainização. A gente tem que fazer o debate aqui, tentar não utilizar o judiciário. Deixar isso para último caso, afirmou ele, diante de sócios e conselheiros.

vice do fluminense critica judicializacao e vascainizacao (Reprodução)

Desdobramentos recentes

A declaração de Montenegro ocorreu após a protocolação de uma ação civil pública por parte do advogado Leandro Gama, sócio do clube. O processo questionava a realização da reunião e buscava impedir que o presidente Mário Bittencourt assumisse um cargo remunerado na futura SAF. Montenegro comentou que já havia uma ação judicial contra o clube para tentar impedir a reunião, afirmando que inventaram um monte de coisa para justificar a interferência.

Reunião marcada por tensão e críticas internas

Convocada pelo Conselho Deliberativo como atualização do processo SAF, a reunião foi transmitida ao vivo e contou com a presença de sócios, conselheiros e membros da diretoria. A proposta era apresentar o estágio dos estudos conduzidos pelo banco BTG Pactual, que avalia a viabilidade da transformação do departamento de futebol do clube em empresa.

Embora a diretoria tenha assegurado que ainda não há proposta formal de investidores, a situação já gera divisões na política interna. Críticas à condução da negociação pelo presidente Mário Bittencourt surgem principalmente da oposição, que questiona a transparência do processo e aponta possíveis conflitos de interesse.

Questionamentos sobre SAF dividem cenário político tricolor

O desgaste na relação política se intensificou após o desligamento do ex-funcionário Luís Monteagudo, que relatou desentendimentos com Mário e criticou a possibilidade de o presidente assumir um cargo remunerado na SAF. Além disso, um grupo de sócios liderado por Sérgio Poggi entrou na Justiça pedindo a inclusão de uma cláusula de quarentena, impedindo dirigentes atuais de ocuparem cargos na nova empresa por pelo menos seis anos.

Os críticos afirmam que o Conselho Deliberativo não representa todos os sócios e que a falta de audiências públicas com a torcida é uma falha no processo. O grupo divulgou uma lista com 21 pontos de questionamento sobre a proposta, incluindo críticas à contratação do BTG Pactual e ao ritmo acelerado do projeto.

Mário e Montenegro rebatem: Processo será transparente

Em resposta às críticas, tanto Mário Bittencourt quanto Mattheus Montenegro reiteraram seu compromisso com a transparência. O presidente negou que a negociação esteja condicionada à sua permanência e garantiu que qualquer decisão será submetida a votação em Assembleia Geral.

A SAF é um instrumento jurídico para trazer novos investimentos. Seria um contrassenso que eu fizesse exigências pessoais acima dos interesses do Fluminense, declarou Mário. Montenegro, que pode ser um candidato nas próximas eleições, também enfatizou a importância de preservar as raízes do clube enquanto busca um futuro promissor para o futebol.

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