Veja os Argumentos da Promotoria que Podem Sentenciar Prisão de P. Diddy
Atenção: a matéria a seguir traz relatos sensíveis de agressão e abuso sexual e pode ocasionar gatilhos sobre estupro, violência contra a mulher e violência doméstica. Caso você seja vítima deste tipo de violência, ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.
Começaram os argumentos finais no julgamento de Sean P. Diddy Combs, com os promotores federais apresentando ao júri um extenso resumo das acusações contra o ex-magnata da música. A defesa apresentará seu lado na próxima sexta-feira (27/6), antes que o juiz dê as instruções finais ao júri. O veredito é esperado para a próxima semana e pode resultar em décadas de prisão para o rapper.
No tribunal lotado, a promotora Christy Slavik detalhou pacientemente cada uma das cinco acusações contra Combs: uma de associação criminosa, duas de tráfico sexual e duas de transporte com finalidade de prostituição. Ela explicou os atos ilícitos relacionados a cada acusação e o que é necessário para que o réu seja considerado culpado.

Contexto das Acusações
Durante sua apresentação, Slavik relembrava os relatos de violência e abuso feitos por ex-namoradas, ex-funcionários e autoridades policiais. As três filhas adultas de Combs, que não apareciam no tribunal havia semanas, cochichavam entre si e trocavam bilhetes. Combs, por sua vez, escrevia recados em pedaços de papel e os entregava a seus advogados. Ele permaneceu com as mãos no colo, demonstrando inquietação.
A promotoria iniciou sua fala com foco na acusação de associação criminosa, afirmando claramente ao júri: Combs é o líder de uma organização criminosa. Ele não aceita um não como resposta. Slavik descreveu essa organização como o círculo íntimo do réu, composto por sua chefe de gabinete, equipe de segurança e assistentes. Eles teriam agido como soldados a serviço de Combs, cometendo crimes para proteger sua imagem e atender a seus desejos pessoais.
Ao longo de duas décadas, esses indivíduos teriam cometido diversos crimes e ajudado a encobri-los, sempre sob ordens diretas de Combs. Mesmo que os ex-funcionários não tenham admitido formalmente fazer parte de uma organização criminosa, Slavik pediu que o júri usasse o bom senso ao avaliar as provas.
A promotoria exibiu slides com os chamados atos antecedentes do crime de associação criminosa, incluindo sequestro, incêndio criminoso, suborno, tráfico de drogas e prostituição. Slavik argumentou que o envolvimento de Combs nesses crimes é evidente e citou, por exemplo, centenas de episódios de tráfico de drogas. Segundo ela, o uso de entorpecentes era uma parte essencial das festas sexuais privadas promovidas por Combs.
A promotora também detalhou outros atos, incluindo três casos de sequestro. Um deles foi o da cantora Cassie Ventura, que teria sido agredida por Combs e obrigada a se isolar em um hotel. Outra testemunha relatou ter sido ameaçada com uma arma pelo réu.
Na acusação de tráfico sexual, Slavik destacou o caso de uma vítima anônima que teve um relacionamento com Combs entre 2021 e 2024. Segundo a promotora, basta um único episódio em que o réu tenha transportado a vítima com o objetivo de exploração sexual para que a acusação se sustente.
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