STF Decide que Redes Sociais Podem Ser Responsabilizadas

O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão importante em 26 de junho de 2025, que pode mudar a forma como as plataformas digitais lidam com conteúdos ofensivos. A Corte determinou que empresas de redes sociais e aplicativos são responsáveis por postagens ilegais feitas por terceiros, especialmente quando não excluem esses conteúdos após serem notificadas. Essa mudança significa que o não cumprimento de uma notificação pode levar à responsabilização civil das plataformas.

Essa nova interpretação do artigo 19 do Marco Civil da Internet foi considerada necessária, pois o texto anterior só permitia a responsabilização das empresas após uma ordem judicial. O STF declarou que essa abordagem não protege adequadamente direitos fundamentais, como a honra e a dignidade das pessoas.

stf decide que redes sociais podem ser responsabilizadasEmpresas responsáveis por redes sociais e aplicativos devem agir com maior diligência diante de postagens ilegais ou ofensivas feitas por terceiros no país (Reprodução: YouTube/TV Justiça)

Responsabilidade e Ações Preventivas

Além de responsabilizar as plataformas por conteúdos notificados, o STF também decidiu que, em casos graves como racismo, incitação à violência ou terrorismo, as redes sociais devem agir de forma preventiva. Isso significa que elas devem remover conteúdos prejudiciais mesmo sem notificações ou ordens judiciais prévias.

A maioria dos ministros apoiou essa visão, ressaltando que a estrutura atual de moderação é insuficiente para lidar com o impacto social das plataformas. Eles argumentaram que é essencial que as empresas adotem mecanismos de controle mais eficazes para proteger os usuários e o ambiente digital.

Divisão de Opiniões Entre os Ministros

Entretanto, alguns ministros, como André Mendonça, Edson Fachin e Nunes Marques, expressaram preocupações. Eles argumentaram que responsabilizar as plataformas sem uma ordem judicial poderia ameaçar a liberdade de expressão e abrir espaço para a censura.

Com essa nova diretriz, o artigo 19 será interpretado em conjunto com o artigo 21 do Marco Civil, que já abordava a responsabilidade por conteúdos como a divulgação de imagens íntimas sem consentimento. Agora, essa interpretação se estende a ofensas, discursos de ódio e desinformação, independentemente de decisões judiciais.

Impacto nas Políticas das Plataformas

Essa decisão do STF pode levar grandes empresas de tecnologia, como Google e Meta, a reavaliarem suas políticas de moderação e denúncia. A mudança pode criar precedentes significativos para usuários que se sentem prejudicados por conteúdos nocivos nas redes sociais.

A Corte ainda está finalizando a tese de julgamento, um resumo normativo que servirá de guia para juízes e tribunais em casos semelhantes. Essa nova abordagem visa proporcionar uma proteção mais efetiva aos direitos dos cidadãos no ambiente digital.

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Essa decisão histórica do STF representa um passo significativo na proteção dos direitos dos usuários na internet. É crucial que todos nós estejamos cientes dessas mudanças e preparados para exigir um ambiente digital mais seguro e respeitoso.

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