PT pressiona Câmara por corte de salário de Eduardo Bolsonaro
O Partido dos Trabalhadores (PT) intensificou suas cobranças à Câmara dos Deputados sobre a permanência de Eduardo Bolsonaro (PL/SP) nos Estados Unidos após o término de sua licença. Nesta quinta-feira (14/08), o líder da bancada petista, deputado Lindbergh Farias (PT/RJ), protocolou um novo requerimento solicitando a suspensão imediata do pagamento de salário, cota parlamentar e verbas indenizatórias do parlamentar.
Esse requerimento, o terceiro pedido de cassação do mandato de Eduardo feito pela bancada petista, também exige que o Conselho de Ética priorize a tramitação das ações contra ele. O argumento central do PT se baseia na violação do artigo 228 do Regimento Interno da Câmara, que estipula que parlamentares devem comunicar e obter autorização prévia para ausências do território nacional.

Falta de justificativa e gastos elevados
Apesar de ter recebido uma licença de 120 dias, encerrada em 20 de julho, Eduardo Bolsonaro não retornou às atividades parlamentares e não justificou sua permanência no exterior. Segundo o PT, essa situação configura abandono de mandato. O regimento estabelece que ausências prolongadas e não justificadas podem levar à perda do cargo se o parlamentar ultrapassar um terço das sessões do plenário sem justificativa válida.
Durante o período de afastamento, entre março e julho, os gastos do gabinete de Eduardo totalizaram mais de R$ 662 mil, incluindo a recente nomeação de um assessor com remuneração superior a R$ 23 mil mensais. Lindbergh Farias argumenta que essa situação vai além de uma simples violação de formalidades, acusando Eduardo de usar seu mandato do exterior para atacar instituições democráticas.
No pedido à Mesa Diretora, o deputado enfatizou que a manutenção dos pagamentos seria um incentivo a gastos irregulares e um precedente perigoso. Ele defende que a suspensão dos benefícios parlamentares é essencial para proteger o interesse público e garantir a moralidade administrativa no Legislativo.
Nos bastidores, a expectativa é de que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), e a Corregedoria evitem tomar medidas drásticas contra Eduardo Bolsonaro, com o intuito de não agravar ainda mais o clima político já tenso.
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A situação de Eduardo Bolsonaro levanta questões importantes sobre a responsabilidade dos parlamentares e o uso adequado de recursos públicos. A pressão do PT pode sinalizar um novo capítulo na política brasileira, onde a accountability é cada vez mais necessária.