Polêmicas de Ednaldo Rodrigues, Presidente Afastado da CBF
O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, foi afastado do cargo nesta quinta-feira (15/5). Durante sua gestão, ele esteve envolvido em diversas controvérsias, sendo alvo de denúncias que levantaram questões sobre sua conduta como dirigente da entidade.
Ednaldo, que assumiu a CBF em 2021, teria utilizado seu cargo para beneficiar amigos e familiares com cargos e vantagens. Os gastos exorbitantes em viagens, que somam cerca de R$ 3,5 milhões, foram revelados em uma reportagem da revista Piauí. Essas despesas incluíam viagens para presidentes de federações estaduais e suas famílias.
ReproduçãoDesvios e Aumentos Salariais
Além do favorecimento, sua gestão também se destacou pelo aumento significativo nos salários dos presidentes das federações estaduais, que passaram de R$ 50 mil para R$ 215 mil, além da concessão de benefícios adicionais. Suspeitas de compra de votos também surgiram, especialmente em relação à distribuição de carros para dirigentes antes das eleições.
Um dos casos mais polêmicos envolve Ricardo Lima, o vice-presidente eleito em março de 2024, que é casado com Taíse Galvão, cunhada de Ednaldo. Em 2024, Ricardo recebeu mais de R$ 3,6 milhões da CBF, e seu salário teve um salto inesperado para R$ 488 mil, mais que o dobro do que outros presidentes de federações recebiam.
Instalação de Câmeras e Afastamento de Jornalistas
A CBF também foi acusada de instalar câmeras de segurança em locais estratégicos da sede, com imagens sendo enviadas diretamente para o computador de Ednaldo. A prática levantou questões sobre a privacidade e a transparência dentro da entidade.
Além disso, o mundo do jornalismo esportivo foi abalado após o afastamento de seis jornalistas do programa Linha de Passe, da ESPN, que abordaram denúncias graves contra a CBF. Um dos integrantes da bancada que trouxe à tona as informações da revista Piauí pode enfrentar represálias por suas apurações.
A situação se complicou ainda mais quando Fernando Sarney, membro do Conselho da FIFA e filho do ex-presidente José Sarney, publicamente se distanciou de Ednaldo, alegando problemas jurídicos no processo que o manteve no cargo.
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