PF apreende documentos com planos de assassinato contra ministros do STF
Durante uma operação realizada nesta quarta-feira (28/5), a Polícia Federal (PF) apreendeu anotações que mencionavam os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, com um grupo investigado por tramar assassinatos sob encomenda. A ofensiva, autorizada por Zanin, visava uma rede criminosa que cobrava até R$ 250 mil para monitorar e executar autoridades públicas.
A operação também investiga a venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT). Até o momento, cinco suspeitos foram presos, incluindo militares da reserva, empresários e civis. Entre os detidos, destacam-se o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, acusado de ordenar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, e o coronel reformado do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que foi preso novamente por envolvimento no mesmo crime.

Planos e preços de assassinato
Segundo informações ligadas à investigação, o grupo mantinha uma tabela de preços para assassinatos: R$ 250 mil para ministros, R$ 150 mil para senadores e R$ 100 mil para deputados federais. A investigação busca confirmar se houve monitoramento efetivo de magistrados, incluindo os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin.
Comando C4 e lavagem de dinheiro
A rede criminosa se autodenominava Comando C4, que significa Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos. Além do planejamento de assassinatos, o grupo é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro, utilizando uma estrutura empresarial para movimentar valores oriundos de propina destinada à compra de decisões judiciais no STJ. Entre os investigados, há advogados, lobistas, empresários e até juízes, com crimes em apuração que incluem organização criminosa, corrupção e violação de sigilo funcional.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que as investigações estão em estágio inicial e que ainda é prematuro tirar conclusões. O caso permanece sob sigilo.
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