PDT Anuncia Independência na Câmara Após Demissão de Lupi
Na última terça-feira, 6 de maio de 2025, o PDT, que até então era aliado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados, tomou a decisão de seguir um novo rumo: atuar de forma independente no Congresso. Essa mudança estratégica ocorre após a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social.
Lupi, que é o presidente licenciado do partido, renunciou ao cargo na última sexta-feira, 2 de maio, após o ministério ser envolvido em um escândalo de fraudes e desvios relacionados ao pagamento de aposentadorias e pensões do INSS. Embora não tenha sido formalmente acusado, a situação gerou um desgaste significativo dentro do PDT.
(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)Contexto da Mudança
Durante uma reunião com os deputados do PDT, Lupi se defendeu, argumentando que sua gestão foi focada em combater irregularidades no INSS e reafirmou que não teve qualquer envolvimento com as investigações. Contudo, essa defesa não foi suficiente para conter o descontentamento entre os parlamentares, que consideraram a forma como o governo lidou com sua saída como desrespeitosa. Para eles, houve uma clara fritura do ex-ministro, que saiu do cargo sem o respaldo necessário do Planalto.
Atualmente, o PDT conta com 17 deputados na Câmara. A legenda, que apoiou Lula no segundo turno das eleições de 2022, agora pretende votar de forma independente em relação aos temas discutidos, sem seguir automaticamente a orientação do governo ou se unir à oposição.
Posicionamento do Partido
O líder do partido na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), enfatizou que a decisão de atuar de forma independente foi unânime entre os membros do PDT. Ele destacou: Temos pautas em comum com o governo, mas não vamos seguir ordens nem da base, nem da oposição. Essa nova postura pode impactar a dinâmica legislativa, especialmente em momentos de votação crucial.
Além disso, a escolha do deputado Wolney Queiroz como substituto de Lupi no ministério gerou insatisfação entre os pedetistas, que não se sentem adequadamente representados por sua nomeação.
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