Pastora processa Hytalo Santos por acesso negado à igreja
A 3ª Vara Mista de Cabedelo, na Paraíba, está analisando uma disputa judicial entre a pastora Renálida de Lima Souza Paiva Silva e o influenciador digital Hytalo José Santos Silva, conhecido como Hytalo Santos. No centro da controvérsia está um galpão comercial registrado em nome da religiosa, localizado na Rua Delfim Moreira, em Cabedelo, e avaliado em R$ 530 mil.
De acordo com a petição inicial, Renálida alega ser a legítima proprietária, com matrícula nº 15.956 registrada no cartório de imóveis. Ela explica que cedeu temporariamente as chaves do espaço a Hytalo com a intenção de ajudar em uma obra social e para a construção de um templo para a igreja. A pastora ressaltou que a reforma seria mais um presente do réu à autora e à comunidade religiosa.

Desentendimentos e Conflitos
Entretanto, o relacionamento entre as partes deteriorou-se rapidamente após o início das obras. Renálida afirma que Hytalo começou a adotar condutas arbitrárias, como proibi-la de acessar seu próprio imóvel, instalar câmeras de vigilância e instruir os trabalhadores a impedir sua entrada no local. Além disso, a pastora relata que seus pertences foram entregues a um familiar em uma sacola plástica, como uma forma de retirá-la da posse.
Após notificar Hytalo extrajudicialmente para desocupar o imóvel até 24 de setembro de 2024 e não obter resposta, Renálida afirma que ele trocou as fechaduras e colocou correntes na entrada, enquanto mantinha a obra em ritmo acelerado, sem que a proprietária soubesse o que estava sendo feito em seu imóvel, que deveria ser a sua igreja.
Imóvel Devolvido, Mas Processo Continua
Na ação judicial, a pastora solicita tutela de urgência para retomar a posse do bem e pede que, ao final, Hytalo perca as benfeitorias eventualmente realizadas, além de ser condenado ao pagamento de custas e honorários. Hytalo, por sua vez, apresentou contestação com reconvenção, alegando que não houve apropriação indevida e que a transação envolvia pagamento pelo imóvel, que teria sido registrado em nome de Renálida por erro ou dolo. Ele pede a invalidação do negócio e a reversão do registro.
O processo inclui uma série de documentos, como escrituras, contrato de compra e venda, matrícula, fotos e vídeos do galpão antes e depois da reforma, mensagens de WhatsApp e reportagens sobre a doação voluntária do imóvel. Até fevereiro de 2025, o impasse persistia. Naquele mês, Renálida comunicou a devolução da posse, mas o encerramento do processo depende de uma decisão judicial sobre a forma de extinção. A autora busca a baixa do processo por perda superveniente do objeto, enquanto o réu solicita homologação do acordo, alegando transação formal.
A Justiça ainda não emitiu uma sentença definitiva. Enquanto isso, a disputa entre a líder religiosa e o influenciador continua registrada nos autos, refletindo acusações de quebra de confiança, posse irregular e desacordo sobre o destino final do galpão.
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