Parto de jovem russa expõe rede de tráfico humano e seita
Uma rede internacional de tráfico humano foi desmascarada no último fim de semana, quando uma jovem russa grávida procurou atendimento médico em um hospital na Argentina. A mulher de 22 anos estava acompanhada de duas compatriotas, cujo nervosismo levantou suspeitas. As autoridades médicas registraram uma queixa por possível tráfico de pessoas, levando à prisão de 15 indivíduos suspeitos de integrar uma organização criminosa transnacional baseada em Montenegro, nos Bálcãs.
Após a internação da jovem para cesárea, detetives identificaram as duas mulheres que a acompanhavam, de 40 e 44 anos. A Direção Nacional de Migração constatou que o visto delas estava vencido, o que tornou sua permanência no país irregular. Assim que a irregularidade foi verificada, as mulheres foram detidas para investigações adicionais.

Investigação do caso e prisão de suspeitos
Durante as investigações, outras duas mulheres russas apareceram no hospital fazendo perguntas sobre a saúde da jovem e do recém-nascido, também demonstrando nervosismo, o que levou à prisão delas. A jovem grávida, que buscou atendimento médico, está sob custódia policial e já deu à luz a um menino.
Após alguns dias, as quatro mulheres foram liberadas, mas as investigações continuaram. O promotor Arrigo, em resposta ao risco de fuga de membros da organização criminosa, ordenou uma série de prisões. Agentes federais identificaram um grupo de cidadãos russos prontos para embarcar em um voo, todos apresentando sinais de desnutrição.
Um homem identificado como Konstantin Rudnev, apontado como líder da organização criminosa, já havia sido condenado a 11 anos de prisão na Europa por estupro. No momento da prisão, ele tentou se ferir, mas foi impedido pelos policiais. A polícia encontrou comprimidos que testaram positivo para cloridrato de cocaína em suas bagagens.
Mais duas mulheres russas que chegaram ao aeroporto em uma van também foram detidas. As operações se estenderam ao Aeroporto Jorge Newbery, onde mais seis suspeitos foram presos, incluindo três homens russos e três mulheres de diferentes nacionalidades.
A polícia confirmou que todos os passageiros adquiriram passagens na mesma agência de viagens, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Outros russos também embarcaram para o Brasil nos últimos meses, levantando suspeitas de que a organização usava a Argentina como um ponto estratégico para levar as vítimas a outros países.
Seita Ashram Shambala
A investigação incluiu trabalho de campo e análise de inteligência para identificar membros de uma organização suspeita de envolvimento em tráfico de pessoas, ligada a uma seita chamada Ashram Shambala. Essa seita é conhecida por controlar seus seguidores, incluindo práticas de submissão e rituais sexuais organizados por líderes.
Fontes informaram que tudo está sob investigação, buscando determinar se houve abuso sexual contra as jovens trazidas para a Argentina. O caso segue sob a análise da Procuradoria-Geral da República de Bariloche, que investiga a dimensão dos crimes e possíveis conexões com o Brasil e outros países.
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