Parkinson Precoce: Renata Capucci e os Desafios da Doença

A repórter do Fantástico, Renata Capucci, voltou a relembrar seu diagnóstico de Parkinson aos 45 anos. Durante o programa Sem Censura, apresentado por Cissa Guimarães, Renata descreveu a notícia como algo devastador. Para esclarecer mais sobre essa condição, conversamos com o neurologista do Hospital Icaraí em Niterói, Dr. Guilherme Torezani, que abordou o diagnóstico precoce da doença, além dos sintomas, causas, tratamentos e prevenção.

parkinson precoce renata capucci e os desafios da doenca (Reprodução Instagram )

Parkinson de Início Precoce

O Parkinson costuma aparecer a partir dos 60 anos, mas também pode ocorrer mais cedo. Quando o diagnóstico acontece antes dos 50 anos, como foi o caso da comunicadora, chamamos de Parkinson de início precoce — uma forma mais rara, mas possível, explicou o médico.

Sintomas

Os sintomas da doença são variados e incluem: tremores (principalmente em repouso), rigidez nos músculos, lentidão para iniciar movimentos, alterações no equilíbrio, diminuição do olfato, distúrbios do sono, depressão e ansiedade, prisão de ventre, fadiga e alterações cognitivas leves.

Causa

O Parkinson ocorre devido à perda progressiva de células do cérebro que produzem dopamina, uma substância crucial para controlar os movimentos. O acúmulo anormal de uma proteína chamada alfa-sinucleína dentro dessas células forma estruturas conhecidas como corpos de Lewy, que interferem no funcionamento dos neurônios. Na maioria dos casos, a doença não possui causa hereditária, com apenas uma pequena porcentagem — menos de 10% — relacionada a fatores genéticos familiares. Além disso, a exposição a pesticidas, solventes e outros fatores ambientais pode aumentar o risco, especialmente em pessoas predispostas.

Prevenção

Ainda não existe uma maneira garantida de prevenir o Parkinson, mas algumas ações podem ajudar a reduzir o risco: praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação saudável rica em vegetais e antioxidantes, evitar exposição prolongada a substâncias tóxicas como pesticidas, e cuidar da saúde geral, controlando doenças como hipertensão e diabetes.

Tratamento

O tratamento é individualizado e visa aliviar os sintomas e manter a qualidade de vida. Pode incluir medicações, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e, em alguns casos, cirurgias. Importante destacar: essas abordagens tratam os sintomas, mas não alteram a evolução da doença, afirmou o especialista. Recentes estudos indicam que a atividade física aeróbica de alta intensidade, como corrida ou treino intervalado, realizada de forma regular e supervisionada, pode retardar a progressão do Parkinson, sendo a única intervenção com efeito modificador da doença comprovado por pesquisas.

Complicações e Cuidados

A doença pode trazer complicações ao longo do tempo, especialmente se não for bem manejada. Algumas delas incluem: depressão e ansiedade, problemas para engolir que aumentam o risco de pneumonia, dificuldades cognitivas como perda de memória e, em fases mais avançadas, demência, além de quedas frequentes devido a alterações no equilíbrio. Essas condições podem ser prevenidas ou tratadas com acompanhamento médico regular e uma equipe multidisciplinar.

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