Papa Francisco: especialista analisa complicações de saúde e AVC
Nesta segunda-feira (21/4), o Papa Francisco faleceu após sofrer um Acidente Vascular Cerebral, segundo a imprensa romana. Antes de sua partida, o pontífice fez uma aparição pública, transmitindo a impressão de melhora no domingo (20/4), mesmo após enfrentar diversos problemas de saúde. Para entender se as complicações anteriores podem ter contribuído para o AVC, consultamos um especialista.
Victor Hugo Espíndola, neurocirurgião especialista em doenças cerebrovasculares, explica que o AVC é uma emergência médica que pode se manifestar de duas formas principais. O tipo mais comum é o AVC isquêmico, causado pela obstrução do fluxo sanguíneo no cérebro. O AVC hemorrágico, por outro lado, ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe, resultando em sangramento cerebral.

Complicações de saúde do Papa Francisco
Até o momento, o tipo específico de AVC que o Papa sofreu não foi revelado. No entanto, fontes do Vaticano indicam que o AVC ocorreu em meio a um grave problema cardiocirculatório. O acidente aconteceu pouco após o Santo Padre ter permanecido internado entre março e abril, lutando contra infecções respiratórias por 38 dias.
Espíndola observa que, embora não se possa estabelecer uma relação direta entre a internação do Papa e o AVC, sua condição clínica representava um fator de risco. Logicamente, ele já é um senhor de idade, com 88 anos, que ficou muito tempo internado em estado grave com pneumonia severa, e isso tudo aumenta a fragilidade do paciente, explica.
Não sabemos, por exemplo, como foi a recuperação dele, como ficou a função renal após essa internação, ou a pressão arterial. Esses são fatores de risco que aumentam a chance de um AVC, seja isquêmico ou hemorrágico. Portanto, não podemos afirmar que há uma relação direta, mas uma coisa pode influenciar a outra, complementa.
Além disso, o especialista destaca que o recente discurso do Papa pode ter dado a impressão de que ele estava se recuperando. No entanto, isso não necessariamente indica uma piora repentina; pode ser uma fatalidade: Um paciente que ficou grave por um longo período pode melhorar de um quadro infeccioso e, em seguida, falecer devido a outra causa, o que não significa que a infecção tenha sido a responsável pela morte.
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