MP mantém fiança de R$ 2 milhões a Bruno Henrique
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidiu manter a fiança de R$ 2 milhões imposta ao atacante Bruno Henrique, do Flamengo, no inquérito que investiga uma possível manipulação de resultados esportivos. A decisão ocorreu após a defesa do jogador apresentar um pedido de impugnação, argumentando a ausência de requisitos legais para a medida cautelar. O documento oficial que confirma a rejeição do pedido foi obtido em exclusividade.
A fiança foi inicialmente requerida pelo MPDFT no momento da denúncia contra Bruno Henrique, fundamentando-se no artigo 319, inciso VIII, do Código de Processo Penal. Segundo a promotoria, essa medida visa assegurar o comparecimento do jogador aos atos processuais e evitar possíveis obstáculos à investigação. O órgão alegou que a agenda profissional do atleta, que inclui compromissos nacionais e internacionais, geraria inegável incerteza quanto à sua disponibilidade para participar do processo judicial.

Defesa de Bruno Henrique
Em resposta à imposição da fiança, os advogados de Bruno Henrique protocolaram, no dia 12 de junho, um pedido de impugnação, argumentando que o valor estipulado é desproporcional e carece de respaldo legal. A defesa sustentou que a imposição da medida cautelar viola os princípios da necessidade e da adequação previstos no artigo 282 do CPP. Eles destacaram que o jogador possui um vínculo empregatício estável com o Flamengo até 2026, reside no Brasil com sua família e não tem antecedentes de resistência às ordens judiciais, além de não possuir passaporte estrangeiro.
A defesa também argumentou que, como figura pública amplamente acompanhada pela mídia e torcida, qualquer tentativa de evasão seria facilmente identificada. Além disso, refutaram a alegação do Ministério Público de que a fiança serviria como garantia para eventual indenização por danos morais coletivos, afirmando que esse não é o objetivo legal da medida, conforme o artigo 319, VIII, do CPP.
Apesar dos argumentos apresentados, o Ministério Público manteve o valor da fiança em R$ 2 milhões como condição cautelar, que permanecerá válida até que a Justiça se manifeste de forma contrária, sendo responsável pela homologação ou revisão da fiança. O caso está sendo tratado na 7ª Vara Criminal de Brasília, sob a supervisão do juiz Fernando Brandini Barbagalo. Bruno Henrique é acusado de envolvimento em um esquema de apostas que teria como objetivo provocar punições intencionais durante partidas do Campeonato Brasileiro, supostamente para beneficiar terceiros financeiramente. O jogador nega todas as acusações.
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