Morre Arlindo Cruz, Ícone do Samba, aos 66 Anos

O Brasil se despede, nesta sexta-feira (8/8), de um de seus maiores sambistas. Morreu, aos 66 anos, Arlindo Cruz, cantor, compositor e músico que marcou gerações com seu talento incomparável e sua devoção ao samba. A informação foi confirmada por Babi Cruz, mulher do sambista.

morre arlindo cruz icone do samba aos 66 anosMorre Arlindo Cruz, aos 66 anos (Reprodução)

Trajetória Marcada por Sucesso

Nascido em 14 de setembro de 1958, Arlindo Domingos da Cruz Filho deixa a esposa, Barbara Cruz, conhecida como Babi Cruz, com quem era casado desde 2012, e os filhos Arlindinho e Flora Cruz. Ele iniciou sua trajetória musical no tradicional grupo Fundo de Quintal, onde logo se destacou pelo domínio do banjo e pela criatividade como compositor. Sua contribuição ao gênero foi tão rica que se tornou referência inquestionável no universo do samba.

Autor de clássicos como Coisinha do Pai, O Bem, Meu Lugar, O Show Tem Que Continuar e Bagaço da Laranja, Arlindo colecionou sucessos que atravessaram décadas e tocaram milhões de brasileiros. Sua voz suave, somada à maestria com o instrumento, fez dele um dos pilares do samba contemporâneo. Ao longo da carreira, também se dedicou à composição de sambas-enredo para escolas como Império Serrano, Grande Rio, Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu.

Anos com a Saúde Debilitada

Em março de 2017, Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que o afastou dos palcos e comprometeu sua mobilidade, deixando profundas marcas em sua vida e na de sua família. Ainda assim, seu legado continuou vivo, renovado por seu filho Arlindinho, que segue seus passos na música. O artista passou um ano e três meses internado em um hospital e recebeu alta há quatro anos. Durante esse período, ele continuou com sessões de fonoaudiologia e fisioterapia, e ao longo dos anos precisou ser hospitalizado algumas vezes, sendo a última no dia 28 de abril de 2025.

Sua História Virou Livro

Em julho de 2025, foi lançado o livro O Sambista Perfeito, escrito pelo jornalista Marcos Salles, que reúne 462 páginas com depoimentos de 120 amigos, artistas e familiares, entre eles, Maria Bethânia, Zeca Pagodinho, Maria Rita e Regina Casé, além de falas do próprio Arlindo registradas antes do AVC. Figura respeitada por sua generosidade e lealdade à cultura popular, Arlindo Cruz foi mais do que um músico: é considerado um elo entre o passado e o futuro do samba.

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