Ministério Público Investiga Hytalo Santos e Defesa se Manifesta

O influenciador digital Hytalo Santos, natural da Paraíba, está sendo alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho da 13ª Região. A investigação não se limita a questões trabalhistas, mas também investiga possíveis crimes mais graves relacionados ao influenciador e suas empresas.

ministerio publico investiga hytalo santos e defesa se manifesta (Hytalo Santos (Foto: Reprodução/Instagram))

Origem da ação: indícios de trabalho infantil e outras violações

A investigação teve início em 10 de fevereiro de 2025, com a assinatura da Portaria de Instauração de Inquérito Civil. A apuração começou com a análise de denúncias de exploração de trabalho infantil, incluindo atividades artísticas e sinais de possível abuso sexual. Com o desenrolar das investigações, o foco foi ampliado para incluir uma variedade maior de irregularidades.

Quem são os alvos da ação

Entre os investigados estão Hytalo José dos Santos e suas empresas, Hytalo Santos Youtuber LTDA e Euro Influencer LTDA, além de indivíduos próximos a ele, como seu marido, Israel Natan Vicente. Os documentos oficiais do MPT indicam possíveis infrações à legislação trabalhista e condutas que podem ter repercussões penais.

Postagens deletadas e a Turma do Hytalo

A ação foi desencadeada por denúncias e provas públicas coletadas nos últimos meses. Um elemento crucial foram as publicações antigas de Hytalo nas redes sociais, que foram posteriormente apagadas. Essas postagens promoviam a Turma do Hytalo, um grupo formado por crianças e adolescentes que apareciam em vídeos monetizados, sem a devida autorização legal para atividades artísticas infantis.

Pressão política e novas denúncias

O caso ganhou destaque após a vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia (PP), solicitar uma investigação contra Hytalo. Ela denunciou que os vídeos continham palavrões, piadas de conotação sexual e comportamentos impróprios para menores. A vereadora também mencionou supostos abusos de autoridade e exploração infantil em suas representações ao Ministério Público.

Ex-funcionários relatam assédio e jornadas ilegais

Além das investigações, ex-funcionários de Hytalo Santos movem ações trabalhistas buscando mais de R$ 700 mil em indenizações. Os relatos incluem casos de assédio moral e sexual, além de não pagamento de direitos trabalhistas. Um dos relatos mais graves aponta que os trabalhadores eram forçados a dormir em locais improvisados e submetidos a jornadas ilegais, sob ameaças de retaliação.

Estratégia do MPT mira toda a estrutura empresarial

O Ministério Público do Trabalho, com a nova ação, busca responsabilizar não apenas Hytalo, mas toda a rede jurídica e operacional que sustenta sua atuação nas redes sociais. A estratégia é enquadrar os envolvidos na esfera cível e penal, com base na Constituição, no Estatuto da Criança e do Adolescente e em tratados internacionais ratificados pelo Brasil.

Promotor mantém silêncio sobre o caso

O promotor Flávio Henrique Freitas Evangelista Gondim, responsável pelo inquérito, afirmou que não pode comentar o caso, pois ele está sob sigilo e ainda em fase inicial.

Defesa de Hytalo Santos se manifesta

A defesa de Hytalo Santos, representada pelo escritório Mouzalas Azevedo Advocacia, esclareceu que está colaborando ativamente com os procedimentos, apresentando toda a documentação solicitada. A defesa refutou as acusações de exploração de trabalho infantil e assédio, destacando que essas alegações não estão sendo apuradas pelo MPT, mas em ações trabalhistas que estão sendo contestadas e tramitam em sigilo.

A nota reafirma a postura colaborativa da defesa e destaca a confiança no trabalho dos órgãos de controle, reiterando o compromisso com a verdade e com a preservação da integridade moral e profissional de todos os envolvidos.

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