Lindbergh Farias solicita prisão de Zambelli após saída do país
A situação da deputada Carla Zambelli (PL/SP) se complicou nesta terça-feira (3/6), quando o deputado Lindbergh Farias (PT/RJ), líder do PT na Câmara, apresentou uma petição à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando sua prisão preventiva. Essa ação ocorre dias após a condenação da parlamentar a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli, que confirmou sua saída do Brasil, revelou estar nos Estados Unidos e planeja seguir para a Itália, onde pretende se estabelecer. A deputada, que possui cidadania italiana, acredita que não pode ser deportada de volta ao Brasil. Em suas redes sociais, ela descreveu sua mudança como uma forma de resistência e anunciou que pedirá licença não remunerada do mandato.

Justificativa para a prisão
Na representação enviada à PGR, Lindbergh argumentou que a conduta da deputada compromete a aplicação da lei penal e representa um risco às instituições democráticas. Em seu perfil nas redes sociais, ele enfatizou que o Estado brasileiro precisa agir com urgência: A peça jurídica sustenta que a conduta de Zambelli configura ameaça grave e reiterada à soberania nacional e à ordem constitucional, exigindo resposta imediata do Estado, declarou.
A petição também inclui o pedido para que o nome de Zambelli seja inserido na difusão vermelha da Interpol e para que o processo de extradição seja iniciado com base em tratados internacionais. Além disso, o documento solicita o bloqueio de transferências via Pix e investigações sobre possíveis crimes, como estelionato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal. Lindbergh também pediu que o Itamaraty tome providências para revogar o passaporte diplomático da parlamentar.
Entenda o caso
A condenação de Zambelli está relacionada ao seu envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em janeiro de 2023. A PGR a acusa de ser a articuladora da ação criminosa, que resultou na criação de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. O hacker Walter Delgatti Neto, que confessou ter agido sob orientação da deputada, foi responsável pelo ataque.
A defesa de Zambelli recorreu da decisão, alegando cerceamento de defesa, e afirmou não ter acesso completo a documentos essenciais ao processo. No recurso, os advogados pedem a anulação da condenação e a suspensão das penalidades, incluindo a perda do mandato.
Delgatti afirmou à Polícia Federal que recebeu orientações diretas de Zambelli e pagamentos no valor de pelo menos R$ 13,5 mil. Ele também teria recebido dela um texto com o conteúdo a ser inserido no sistema do Judiciário. De acordo com a sentença do STF, Zambelli deverá perder o mandato parlamentar, mas essa perda só será oficializada após o trânsito em julgado.
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