Justiça investiga Matteus Alegrete por fraude em cota racial
O ex-BBB Matteus Amaral está no centro de uma investigação por suposto crime de falsidade ideológica, após ter ingressado no curso de engenharia agrícola do IFFar (Instituto Federal Farroupilha) utilizando cotas raciais. A denúncia, revelada há cerca de um ano, levanta questões sobre o uso do benefício, que pode prescrever em breve, já que o crime ocorreu em 2014.
Inicialmente, a denúncia foi apresentada ao Ministério Público Federal (MPF), mas como Matteus era menor de idade na época, o processo foi transferido para o Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul. Recentemente, novas informações surgiram, indicando que a declaração racial que permitiu a entrada de Matteus no curso foi assinada por sua mãe, Luciene da Silveira Amaral, levando-a a ser apontada como a possível responsável pela declaração falsa.
(Matteus Amaral é denunciado ao Ministério Público por falsidade ideológica (Reprodução: Globo))Desdobramentos da investigação
O caso passou por mais uma mudança de esfera, retornando ao MPF, após a Procuradoria Federal junto ao IFFar enviar documentação detalhada sobre o histórico do caso. O procurador-chefe do IFFar, Milton Guilherme de Almeida Pfistcher, destacou que, em 2014, a instituição não possuía um sistema de heteroidentificação para verificar a veracidade das autodeclarações.
Com o prazo de prescrição do crime de falsidade ideológica sendo de 12 anos, o caso de Matteus ainda está dentro do prazo legal para uma eventual denúncia, o que significa que a mãe do ex-BBB pode ser responsabilizada judicialmente. Matteus se autodeclarou preto durante a inscrição em 2013, sendo aprovado em um edital publicado em fevereiro de 2014, junto com uma outra estudante na mesma condição.
Defesa de Matteus
Após a divulgação do caso, Matteus afirmou que a inscrição foi realizada por outra pessoa, sem seu consentimento. A inscrição foi feita por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu conhecimento. Entendo a importância das políticas de cotas no Brasil e lamento qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, declarou.
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