Juliana Didone Afirma Ter Sendo Vítima de Violência Obstétrica em Parto Humanizado
A atriz Juliana Didone compartilhou um relato profundo e tocante em uma entrevista à Veja, revelando sua experiência ao planejar o parto humanizado da filha, Liz, que hoje tem 7 anos. O que deveria ser um momento de celebração se transformou em um episódio de violência obstétrica, trazendo à tona as dificuldades enfrentadas pelas mulheres nesse processo.
Juliana, que estava grávida aos 32 anos, decidiu optar por um parto humanizado após extensas pesquisas sobre o tema. A proposta era garantir um ambiente acolhedor e seguro para mãe e bebê. No entanto, sua experiência foi marcada por complicações. Ao sentir as primeiras contrações, a atriz entrou em trabalho de parto, mas a assistência não foi como esperava. A doula chegou tarde, e a enfermeira, ao perceber a baixa dilatação, simplesmente foi embora, deixando Juliana assustada e sem compreensão do que estava acontecendo.
Juliana Didone e a filha Liz, atualmente com 7 anos (Reprodução: Instagram/Juliana Didone)Desafios e Superação
Após um longo período de dor e sem dormir, Juliana decidiu pela cesárea, mas a equipe médica insistia que ela mantivesse a calma. No hospital, a anestesia local foi aplicada, mas a dor persistiu por horas. A situação se agravou quando uma médica decidiu utilizar um dispositivo chamado kiwi para auxiliar no parto vaginal. Juliana descreveu a experiência como abusiva, com a equipe brincando enquanto ela passava por um momento de intenso sofrimento.
Após 36 horas de trabalho de parto, a atriz foi finalmente encaminhada para a cesárea, onde sua filha nasceu com ferimentos na cabeça. Juliana passou por um longo período de negação e preocupação com a saúde da filha, visitando diversos pediatras para garantir que não haveria sequelas. Com apoio da família e terapia, ela conseguiu superar a dor emocional e física da experiência.
De acordo com especialistas, a violência obstétrica é caracterizada por práticas inadequadas e desrespeitosas durante a assistência ao parto, afetando muitas mulheres. O relato de Juliana Didone traz à tona a importância de um cuidado respeitoso e humanizado durante a gestação e o parto.
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