Juiz Revela Bastidores da Arbitragem: Muita Gente Ruim Juntas
Guilherme Ceretta, um dos árbitros mais promissores do Brasil, que esteve ausente por quase uma década, rompeu o silêncio sobre sua experiência no setor. Ele denunciou perseguições, criticou a estagnação técnica e apontou que a arbitragem nacional continua dominada por vaidades e amadorismo. Ceretta, que também atuava como modelo, afirmou que essa dualidade lhe custou a carreira no Brasil.
No auge de sua trajetória, em 2015, ele decidiu deixar a arbitragem brasileira, alegando perseguições por parte da Comissão de Arbitragem. Em uma recente entrevista, Ceretta comentou sobre as dificuldades que enfrentou, ressaltando que, enquanto tentava inovar, encontrou um ambiente que não aceitava mudanças.

Críticas à Estrutura Atual da Arbitragem
Mesmo distante do Brasil, Ceretta mantém um olhar crítico sobre a atual situação da arbitragem nacional. Segundo ele, a situação piorou e a qualidade dos árbitros é decepcionante. A mão de obra é péssima, com raros árbitros bons. E o trabalho em si não tem nada de novo, afirmou.
Ceretta destacou que os métodos de treinamento não mudaram em uma década, e a falta de coordenação entre os responsáveis prejudica a atuação dos árbitros em campo. Ele ainda criticou a cultura de pressão interna e a falta de meritocracia, afirmando que é muita gente ruim junta.
Do Apito à Cultura Digital
O ex-árbitro também comentou sobre a nova permissividade com árbitros nas redes sociais, algo que antes era considerado inaceitável. Hoje pode tudo, podcasts, TikTok, Instagram, propagandas. Antes, eu era criticado por aparecer em público, observou.
Nos Estados Unidos, Ceretta atuou em jogos da MLS e descreveu a experiência como incrível. Ele também compartilhou uma situação em que quase apitou um jogo do Inter Miami, mas foi retirado da escala devido a uma foto antiga.
Planos de Retorno ao Brasil
Apesar de não ter planos de voltar a apitar, Ceretta expressou o desejo de contribuir para a arbitragem brasileira de outras maneiras. Aprendi muita coisa aqui na gestão da arbitragem que pode e deve ser implantada no Brasil, afirmou.
Ele ainda ressaltou a necessidade de renovação no setor, mencionando que é preciso eliminar pessoas que não agregam valor à arbitragem e iniciar uma nova era.
Um Legado Memorável
Ceretta guarda uma relíquia de sua carreira: a bola usada por Rogério Ceni em seu centésimo gol pelo São Paulo. Ele se recorda do jogo e da pressão que enfrentou como árbitro. Foi minha maior nota como árbitro em uma partida, relembrou, mostrando seu orgulho e dedicação à profissão.
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