Jovem envenenada com bolo alertou amigas: Se eu morrer, vocês já sabem

A trágica história de Ana Luiza Neves, estudante do 3º ano do ensino médio e assistente em consultório odontológico, foi revelada no programa Fantástico da Globo. Após comemorar seu aniversário com os irmãos e o pai, a jovem, residente em Itapecerica da Serra, São Paulo, recebeu um bolo de pote de uma renomada doceria. Em áudios enviados às amigas, Ana Luiza fez uma brincadeira sombria: Se eu morrer envenenada, vocês já sabem.

Minutos depois, a jovem começou a passar mal, apresentando vômitos e diarreia, conforme relatado por seu pai, Silvio Ferreira das Neves. Inicialmente levada ao hospital como caso de intoxicação alimentar, seu quadro se agravou e, infelizmente, Ana Luiza não resistiu.

jovem envenenada com bolo alertou amigas se eu morrer voces ja sabemAna Luiza compartilhou o bolo em mensagens às amigas, reveladas com exclusividade pelo programa “Fantástico” (Reprodução: Globoplay)

Investigações e descobertas

A polícia ficou atenta ao caso, identificando semelhanças com uma tentativa de envenenamento ocorrida semanas antes. A vítima, Kamilly Nogueira, também recebeu um presente suspeito por motoboy e, após ingerir o conteúdo, sofreu fortes mal-estar. Exames confirmaram a presença de substâncias tóxicas, levando-a a precisar de observação clínica.

A investigação revelou que o trióxido de arsênio era o agente causador do envenenamento. Embora utilizado no tratamento de leucemia, é extremamente letal em doses elevadas. A jovem responsável pelos envenenamentos, uma adolescente de 17 anos, adquiriu o veneno pela internet, alegando que não tinha intenção de matar, apenas de causar mal-estar.

O delegado Vitor Santos de Jesus explicou que o modus operandi foi desvendado através do rastreamento do entregador do bolo, levando à identificação da agressora, que era amiga de Ana Luiza. Curiosamente, mesmo durante a emergência médica, a jovem ainda apareceu no hospital para confortar a família, o que causou ainda mais estranheza ao pai da vítima.

Silvio Ferreira das Neves descreveu a agressora como calculista e expressou sua indignação pela facilidade de acesso ao arsênio, questionando como foi possível comprar uma substância tão perigosa. O caso reacende o debate sobre a regulamentação de substâncias tóxicas no Brasil, especialmente considerando que a jovem pode ter adquirido o veneno online. O Ministério da Saúde anunciou que planeja implementar uma linha de atendimento especializado para intoxicações até 2030.

Atualmente sob medida socioeducativa na Fundação Casa, a jovem pode enfrentar até três anos de reclusão por ser menor de idade no momento do crime.

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