Irã ataca bases dos EUA no Catar em retaliação a ações nucleares

Na madrugada desta segunda-feira (23/6), o Irã disparou mísseis contra bases militares dos Estados Unidos no Catar, em resposta a ataques recentes direcionados ao seu programa nuclear. Autoridades iranianas também confirmaram que alvos norte-americanos localizados no Iraque foram atingidos.

Um dos locais atacados foi a base de Al Udeid, uma instalação estratégica que abriga mais de 10 mil militares dos EUA e desempenha um papel central nas operações americanas no Oriente Médio. Seis mísseis foram lançados neste ataque, afirmou um representante do governo israelense.

ira ataca bases dos eua no catar em retaliacao a acoes nucleares Donald Trump falou dos ataques dos Estados Unidos contra o Irã neste sábado (21/6)Reprodução Globo

Contexto do Conflito

Relatos de testemunhas citados pela agência de notícias Reuters indicam que várias explosões foram ouvidas em Doha, capital do Catar, na mesma noite dos bombardeios. A imprensa oficial iraniana informou que os ataques fazem parte de uma operação militar chamada Anunciação da Vitória.

Em meio à instabilidade, o espaço aéreo do Catar e dos Emirados Árabes Unidos foi fechado por tempo indeterminado. Os Emirados afirmaram que estão monitorando os desdobramentos dos ataques. A Casa Branca confirmou estar ciente da possibilidade de um ataque e está acompanhando de perto potenciais ameaças à base aérea de Al Udeid.

Após a ofensiva, as Forças Armadas do Irã emitiram um comunicado afirmando que nenhum ataque realizado contra o território iraniano sairá impune. Analistas internacionais veem essa ação como uma reação direta à operação militar Martelo da Meia-Noite, que ocorreu no último sábado (21), quando a força aérea dos EUA utilizou aeronaves e mísseis para atacar as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Esfahan.

O Pentágono revelou que, durante essa missão, bombardeiros foram utilizados como isca para enganar os sistemas defensivos iranianos, garantindo o fator surpresa. A resposta militar norte-americana recebeu apoio do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que declarou que o ataque mudará a história.

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