Ídolos da Seleção cobram transparência e alertam sobre crise na CBF
Um grupo de campeões mundiais da Seleção Brasileira divulgou, neste sábado (17/5), um comunicado expressando preocupação e indignação em relação ao atual cenário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A nota, apresentada pelo ex-capitão Cafu, defende a necessidade de mudanças estruturais na entidade e destaca a urgência de um processo de gestão mais transparente e democrático.
No texto, os ex-jogadores ressaltam que os constantes episódios de instabilidade política e administrativa na CBF têm comprometido a credibilidade da instituição, ameaçando o legado esportivo construído ao longo de décadas. O documento também faz um apelo por eleições com fiscalização externa e maior participação da sociedade civil, com supervisão da FIFA, da Conmebol e de representantes do próprio grupo de campeões mundiais.
(Reprodução/)A voz dos campeões
Não podemos permitir que o futebol brasileiro fique refém de disputas de poder, afirma o manifesto, ressaltando o papel do esporte como patrimônio cultural e social do país. Entre os bastidores das disputas pela presidência da CBF, o nome de Ronaldo Nazário foi cogitado como possível candidato à sucessão. O ex-atacante, bicampeão mundial em 1994 e 2002, buscou apoio junto às federações estaduais, mas revelou que 23 das 27 entidades recusaram abrir diálogo, levando-o a desistir da candidatura em março deste ano.
A ausência de consenso interno e as denúncias de irregularidades no processo eleitoral acentuaram a crise, resultando no posicionamento público dos atletas históricos. Na manifestação, os campeões brasileiros reiteram que o futebol do país deve ser administrado de forma profissional, íntegra e comprometida com o interesse coletivo. Embora o grupo não mencione nomes diretamente, a cobrança se dirige ao atual modelo de gestão, criticado por falta de transparência e envolvimento em escândalos administrativos.
A Seleção Brasileira é maior que qualquer dirigente. O futebol brasileiro é maior que qualquer crise, afirmam os atletas no documento. O movimento de ex-jogadores está ganhando força como uma frente de pressão por mudanças estruturais dentro da CBF, buscando uma maior participação ativa de ex-atletas na governança do esporte nacional, tendência já observada em outras confederações pelo mundo.
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