IBGE divulga dados do censo sobre autismo no Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou um panorama do censo de 2022, trazendo novas informações sobre a educação de pessoas diagnosticadas com autismo. A pesquisa aborda aspectos como gênero, faixa etária e as regiões com maior concentração de diagnósticos. Embora a taxa de alfabetização entre pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) seja alta, a formação escolar de adultos ainda representa um grande desafio no Brasil.
Segundo os dados, aproximadamente 2,4 milhões de brasileiros relataram ter diagnóstico de TEA, o que representa 1,2% da população. O aumento nos números é, em grande parte, consequência do maior acesso à informação e à realização de diagnósticos adequados, refletindo uma mudança positiva na conscientização sobre o transtorno.
(Autismo – Foto: Reprodução/Freepik)Distribuição Geográfica e Dados Demográficos
A pesquisa revelou que o Sudeste concentra o maior número de diagnósticos de autismo, seguido pelas regiões Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Essa distribuição é influenciada pela alta densidade populacional das áreas urbanas, resultando em um maior registro de casos. Em relação ao gênero, o transtorno é mais comum em homens, com uma taxa de 1,5%, enquanto entre as mulheres a taxa é de 0,9%.
Sobre a educação, a pesquisa indica que 93% das pessoas com TEA são alfabetizadas. Entre aqueles com mais de 6 anos, 36,9% estão matriculados na escola, um índice superior ao da população geral na mesma faixa etária. Entretanto, a pesquisa destaca um desafio significativo para adultos: 46,1% das pessoas com TEA com 25 anos ou mais têm apenas o ensino fundamental incompleto ou não possuem grau de instrução.
Na população em geral, a proporção de pessoas sem ensino fundamental completo ou sem instrução é de 35,2%. Esses dados evidenciam que, apesar dos avanços na alfabetização e no aumento das matrículas de crianças com TEA, ainda há um longo caminho a percorrer. É fundamental que as autoridades compreendam esse déficit ao longo da vida escolar e implementem ações que ajudem a prevenir a evasão escolar entre pessoas com autismo.
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O cenário do autismo no Brasil está em evolução, e é essencial continuar investindo em políticas públicas que garantam a educação e o desenvolvimento das pessoas com TEA. Fique atento às novidades e colabore para um futuro mais inclusivo!