Hugo Motta escolherá relator da CPI do INSS fora do PL
A formação da CPI do INSS, que terá como objetivo investigar possíveis fraudes em descontos realizados nas aposentadorias e benefícios do INSS, já está marcada por disputas internas. Um dos papéis mais importantes da comissão, o relator, será escolhido por Hugo Motta, presidente da Câmara, que busca indicar alguém de sua confiança para conduzir a investigação.
Essa decisão pode frustrar as intenções do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tentava indicar um parlamentar alinhado à oposição. Entre os nomes sugeridos pelo PL estão os deputados Mendonça Filho (União Brasil) e Evair de Melo (PP), mas suas chances de assumirem a relatoria são baixas.
Hugo Motta (Reprodução)Cenário da CPI
De acordo com o senador Ciro Nogueira (PP), aliado de Bolsonaro, Hugo Motta está à procura de um nome de centro, que não seja radical nem da esquerda nem da direita. A ideia é encontrar alguém com equilíbrio para conduzir a CPI de forma técnica. O relator terá um papel fundamental, definindo pedidos de informação, convocações e, ao final, redigindo o relatório com as conclusões da investigação.
Disputa por espaço na comissão
Mesmo sem a relatoria, o PL continua a buscar garantir um espaço relevante dentro da comissão. Com a divisão das vagas, o partido terá direito a três cadeiras de titular e três de suplente na CPI da Câmara, sendo uma dessas suplências destinada ao Partido Novo.
Atualmente, 11 parlamentares do PL estão disputando as seis vagas disponíveis, incluindo nomes como Bia Kicis, Coronel Fernanda e Daniela Reinehr, todos com forte atuação na oposição ao governo Lula.
Presidência da CPI
Enquanto a relatoria será definida pela Câmara, a presidência da CPI ficará a cargo do Senado. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil), que preside o Congresso, já está trabalhando para que o senador Omar Aziz (PSD) assuma o posto, visto como próximo do governo federal.
Indicações de outros partidos
Na federação PT-PCdoB-PV, o deputado Paulo Pimenta (PT), que recentemente foi ministro da Comunicação do governo Lula, será um dos titulares. A outra vaga titular ainda não foi definida, mas o deputado Rogério Correia (PT) expressou interesse. Orlando Silva (PCdoB) será suplente.
O único nome confirmado até o momento é Paulo Pimenta, que tem experiência e sabe como lidar com debates difíceis, conforme destacou o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.
Partidos da base do governo também estão indicando representantes com perfil mais crítico. O PSD, por exemplo, escolheu os deputados Sidney Leite e Carlos Sampaio, que atuam em temas relevantes relacionados ao INSS.
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