Hospitais cheios: BH decreta emergência de saúde após aumento de doenças respiratórias
A cidade de Belo Horizonte enfrenta uma crise de saúde pública devido ao aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), resultando na superlotação de leitos, especialmente em unidades pediátricas. Em resposta a essa situação crítica, o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) assinou um decreto que declara emergência na saúde da capital mineira.
O decreto terá validade inicial de 180 dias e visa facilitar a aquisição de bens e serviços, além de aumentar a carga horária dos profissionais de saúde durante esse período desafiador. Entre as medidas implementadas, está a priorização do atendimento e a destinação de recursos emergenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS). A ação já está em vigor, com a publicação do decreto no Diário Oficial Municipal (DOM).
Leitos da rede pública de Belo Horizonte estão superlotados após aumento de casos de SRAG / Reprodução (Leitos da rede pública de Belo Horizonte estão superlotados após aumento de casos de SRAG / Reprodução)Medidas adotadas
As principais ações que serão realizadas incluem:
- A dispensa de licitação para a aquisição de bens e serviços em situações emergenciais;
- A contratação temporária de profissionais da saúde, além da renovação imediata de contratos que estão próximos do vencimento;
- A ampliação simplificada da carga horária dos profissionais com contratos administrativos vigentes;
- A priorização da alocação de leitos clínicos com suporte ventilatório e de UTI para pacientes com SRAG nas unidades do SUS.
O Centro de Operações de Emergências para monitoramento dos vírus respiratórios (COE Resp) será responsável por coordenar as iniciativas da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) durante o período de emergência. A prioridade será o atendimento a grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas em situação de fragilidade social.
Demanda em alta
Dados da Secretaria Municipal de Saúde indicam que, em abril, Belo Horizonte registrou 63.217 atendimentos de pacientes com SRAG, um aumento de 49% em comparação com março, que teve 42.435 casos. Essa elevação repentina na demanda por atendimento está pressionando a rede de saúde da capital e levantando preocupações sobre possíveis situações de desassistência.
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