Gilmar Mendes consulta AGU e PGR sobre retorno de Ednaldo à CBF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestem em um prazo de cinco dias sobre o pedido de Ednaldo Rodrigues para retornar à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão vem após o afastamento de Ednaldo e toda a diretoria da CBF, determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) devido a suspeitas de falsificação de assinatura em um documento que validou sua reeleição.

gilmar mendes consulta agu e pgr sobre retorno de ednaldo a cbfMinistro Gilmar Mendes suspendeu nesta segunda-feira (14/4) ações sobre contratos de trabalho como Pessoa Jurídica (Divulgação: Supremo Tribunal Federal)

Motivos do afastamento

O afastamento de Ednaldo ocorreu por indícios de que a assinatura do então vice-presidente da CBF, Coronel Nunes, foi falsificada. Um laudo grafotécnico indicou divergências na assinatura, e a defesa de Nunes alegou que ele estava incapacitado para assinar documentos desde 2018, em decorrência de um diagnóstico de câncer cerebral.

Após a decisão do TJ-RJ, Ednaldo recorreu ao STF, pedindo a suspensão da convocação de novas eleições e a reversão de seu afastamento. Gilmar Mendes, por sua vez, optou por ouvir a AGU, a PGR, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Ministério Público do Rio de Janeiro antes de tomar uma decisão final sobre o caso.

Novas eleições e o futuro da CBF

Enquanto isso, Fernando Sarney, vice-presidente da CBF e nomeado interventor pela Justiça, convocou novas eleições para o próximo domingo, 25 de maio. O presidente da Federação Roraimense de Futebol, Samir Xaud, já protocolou sua candidatura, recebendo apoio de 25 federações estaduais e dez clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.

Este episódio é mais um capítulo nas disputas judiciais envolvendo a presidência da CBF. Em dezembro de 2023, Ednaldo foi afastado, mas retornou em janeiro de 2024, quando Gilmar Mendes considerou a intervenção judicial uma ameaça à autonomia do futebol brasileiro, além de potencial risco de sanções pela FIFA.

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