Frentes Parlamentares pedem urgência na votação do projeto do IOF
Um grupo de deputados de diversas frentes parlamentares, que representa o setor produtivo, está pressionando o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a colocar em votação um projeto que pode reverter o recente aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Projeto em Questão
O projeto em pauta é o PDL 214/2025, que visa cancelar as alterações anunciadas pelo Ministério da Fazenda. Segundo os parlamentares, a decisão do governo surpreendeu a todos e gerou preocupações entre empresários, investidores e representantes do agronegócio. Entre os líderes que apoiam essa iniciativa estão Joaquim Passarinho (PL-PA), da Frente Parlamentar do Empreendedorismo; Pedro Lupion (PP-PR), da Frente Parlamentar da Agropecuária; e Júlio Lopes (PP-RJ), da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo. Eles argumentam que o aumento do IOF pode prejudicar a economia, impactando diretamente o crédito, os investimentos e o comércio.
O que mudou no IOF
O IOF é um imposto aplicado sobre operações financeiras, incluindo empréstimos, câmbio, seguros e investimentos no exterior. A proposta do governo era aumentar essas alíquotas para arrecadar cerca de R$ 61 bilhões em dois anos — R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Contudo, após o anúncio, o mercado reagiu negativamente, resultando em uma queda de 0,44% na Bolsa de Valores e uma alta no dólar, que fechou em R$ 5,66. Diante desse cenário, o governo decidiu recuar em algumas das mudanças propostas.
Entre os pontos revistos, está a taxação de investimentos de brasileiros em fundos no exterior, que voltará a ser isenta. A alíquota de 1,1% para remessas de dinheiro ao exterior feitas por pessoas físicas para fins de investimento também foi mantida.
Pressão no Congresso
Apesar dos recuos, os deputados ligados ao setor produtivo insistem na necessidade de que o projeto que cancela o aumento seja votado com urgência. Eles afirmam que a medida do governo gerou insegurança e pode dificultar o crescimento econômico. Se aprovado pela Câmara, o PDL 214/2025 anulará os efeitos do aumento do IOF sem a necessidade de aprovação do Senado ou sanção do presidente da República. Dessa forma, o presidente da Câmara, Hugo Motta, torna-se uma figura central nesta discussão.
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