Filhos de Elize Matsunaga e Nardoni buscam apagar sobrenomes
Em busca de reescrever suas histórias e se libertar do peso dos sobrenomes associados a crimes notórios, filhos de alguns criminosos têm recorrido à Justiça para mudar seus nomes. Essa estratégia vai além da formalidade burocrática; ela representa uma busca por aceitação social, anonimato e recomeço. Casos recentes, como o de Elize Matsunaga e Alexandre Nardoni, mostram como essa prática se intensificou com as mudanças na legislação que facilitam as alterações nos registros civis.
Um dos casos emblemáticos é o de Elize Matsunaga, condenada em 2012 pelo assassinato e esquartejamento do marido, Marcos Matsunaga. Desde que saiu da prisão, Elize tem travado batalhas judiciais com os ex-sogros, que detêm a guarda de sua filha. Para romper com o estigma do crime, ela já alterou seu sobrenome, apresentando-se como Elize Araújo Giacomini.
Elize Matsunaga, Cristian Cravinhos e Alexandre Nardoni (Foto: Reprodução)Uma nova identidade
Outro caso é o de Anna Carolina Jatobá, condenada pelo assassinato de Isabella Nardoni. Ao deixar a prisão, ela abandonou o sobrenome do ex-marido e voltou a usar seu nome de solteira. Seus filhos também optaram por não usar o sobrenome Nardoni, adotando apenas o sobrenome materno e do avô paterno. Essa mudança pode indicar um desejo de começar uma nova vida.
A advogada Mabel de Souza Pinho explica que a legislação permite a mudança de nome como uma forma de oferecer um novo começo. Desde 2022, maiores de 18 anos podem alterar o prenome sem justificativa e mudar o sobrenome com base legal. No entanto, a Justiça permanece atenta a possíveis tentativas de apagar antecedentes criminais.
Casos que chamam a atenção
O caso de Suzane von Richthofen, que assassinou os pais, também é notável. Em liberdade desde 2023, ela mudou oficialmente seu nome para Suzane Louise Magnani Muniz, tentando se desvincular do sobrenome que a tornou infame.
Daniel Cravinhos, envolvido no mesmo crime, também alterou seu nome por duas vezes, buscando se distanciar do passado. Em contraste, seu irmão Cristian Cravinhos optou por manter seu nome, afirmando que enfrentará as consequências. No entanto, Cristian teve seu nome retirado dos documentos de seu filho, após o jovem solicitar a anulação da paternidade devido ao constrangimento causado por seu sobrenome.
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Os esforços para mudar sobrenomes refletem a busca por um novo início e a luta contra o estigma social. Compartilhe suas opiniões sobre essa questão e valorize a importância de cada nome na construção da identidade!