Figueiredo e Bolsonaro negam cancelamento de reunião com EUA
O jornalista Paulo Figueiredo, considerado o braço direito de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, rebateu as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o cancelamento da reunião entre os governos brasileiro e norte-americano para discutir o tarifaço de Donald Trump. A reunião, marcada para a quarta-feira (13/8), foi cancelada pelos assessores do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Haddad atribuiu essa decisão à influência de Eduardo Bolsonaro.
Haddad declarou que Eduardo havia mencionado publicamente sua intenção de inibir contatos entre os dois governos, alegando que o assunto em pauta não se tratava de questões comerciais. Logo após as declarações do ministro, Figueiredo postou uma nota em suas redes sociais, criticando Haddad por atribuir culpa a terceiros em vez de reconhecer a própria incompetência. Ele também comentou sobre a declaração de emergência econômica feita por Trump, enfatizando que, enquanto o Brasil não enfrentar essas questões, qualquer reunião seria mera encenação.
Eduardo Bolsonaro em live realizada neste domingo (20/7) (Reprodução: YouTube/Eduardo Bolsonaro)Desdobramentos da Situação
As tratativas para a reunião com o governo Trump começaram em 21 de julho, mas não se concretizaram. Haddad lamentou a falta de agenda dos EUA, destacando que a questão comercial não está sendo priorizada. Diante da negativa para o diálogo, o governo brasileiro está elaborando um plano de contingência para socorrer setores da economia afetados pelo tarifaço. Na tarde desta segunda-feira (11/8), Haddad se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin para discutir medidas de contenção aos efeitos negativos do tarifaço.
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