Falhas no Resgate de Turista Morta na Indonésia

Em uma recente entrevista ao @canaldosfamosos, o turismólogo Vitor Viana destacou a falta de assistência e a inadequação dos protocolos de segurança que resultaram na tragédia envolvendo a jovem brasileira Juliana Marins. A turista de 26 anos perdeu a vida após uma queda de aproximadamente 600 metros no Monte Rinjani, na Indonésia, e ficou quatro dias sem socorro.

Viana relatou que o erro começou com a decisão de deixar Juliana sozinha durante a trilha. No Brasil, temos um protocolo que determina a presença de pelo menos dois guias para grupos de dez pessoas em trilhas de alta montanha. O guia deveria ter permanecido com ela, mas a deixou à beira do precipício, o que é inadmissível, afirmou. Essa situação expõe a fragilidade dos protocolos de segurança em viagens turísticas, onde cada detalhe deve ser seguido rigorosamente.

falhas no resgate de turista morta na indonesiaDrones capturaram imagens de Juliana no vulcão (Reprodução)

Desafios de Segurança em Viagens

O caso de Juliana acende um alerta para a importância de seguir normas rigorosas em atividades de aventura. Segundo Viana, a jovem não tinha experiência em esportes radicais e, portanto, não deveria ter sido levada a um local tão perigoso como um vulcão ativo. Os protocolos existem para garantir a segurança dos turistas. Neste caso, ela estava despreparada e, infelizmente, a situação culminou em tragédia, completou o turismólogo.

Além das falhas na organização do passeio, Viana enfatizou a necessidade de um conhecimento prévio sobre o destino. A Indonésia é um país com recursos limitados. É fundamental que os turistas compreendam o que o lugar tem a oferecer e se preparem adequadamente. Em contrapartida, destinos como o Monte Roraima, no Brasil, oferecem infraestrutura e guias capacitados, algo que não ocorreu no caso do Monte Rinjani, explicou.

Responsabilidade e Comunicação no Turismo

O especialista também criticou a resposta do governo da Indonésia, que falhou em comunicar informações precisas à família de Juliana. Viana apontou que, enquanto países como o Egito possuem equipes de resgate eficientes, a Indonésia não prioriza a comunicação com os turistas e suas famílias. A desinformação gerou um caos. Eles informaram à família que ela tinha recebido atendimento, quando, na verdade, não foi o caso, lamentou.

Viana ressaltou a necessidade de turistas estarem cientes dos riscos envolvidos em viagens de aventura, especialmente em países onde a cultura pode ser desafiadora. Mulheres turistas, em particular, devem estar atentas, pois enfrentam riscos adicionais em países islâmicos, onde frequentemente são tratadas como objetos. A responsabilidade de viajar inclui a análise cuidadosa do destino e a escolha de agências que tenham conhecimento da realidade local, alertou.

Para prevenir tragédias semelhantes, Viana recomenda que os turistas busquem agências brasileiras com parcerias confiáveis. É essencial fazer seguro de viagem e estar ciente de que o governo brasileiro pode não arcar com custos relacionados ao traslado de corpos em situações como essa, concluiu o turismólogo.

Ele enfatizou que as orientações não visam culpabilizar a vítima, mas sim alertar sobre a importância de uma preparação adequada. Ninguém deseja passar por uma situação tão trágica, mas é fundamental que todos tenham consciência da seriedade envolvida ao viajar, especialmente para locais de risco. A segurança deve sempre ser uma prioridade, finalizou Viana.

A família de Juliana não apenas denuncia a negligência no resgate, mas também destaca a necessidade de revisão nos protocolos de emergência. O governo brasileiro já se mobilizou, enviando diplomatas para apoiar a família e garantindo o traslado do corpo, que será custeado pela prefeitura de Niterói, enquanto aguarda a conclusão da autópsia em Bali.

Fique Atento!

Para mais informações sobre turismo seguro e dicas valiosas, siga sempre fontes confiáveis e esteja preparado para suas aventuras. A segurança é um compromisso que todos devemos assumir ao explorar o mundo!

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