Elio: A nova aposta da Pixar quase atende nossas expectativas
A Pixar aposta em Elio, que estreia nos cinemas brasileiros, como seu único lançamento em 2025. Com o aniversário de 30 anos de Toy Story se aproximando, o estúdio de animação busca uma nova história original que se iguale às suas produções clássicas. Embora o novo longa seja visualmente impressionante e divertido, ainda carece de algo essencial.
O filme narra a história de Elio, uma criança solitária que, após perder seus pais, encontra um novo propósito na vida ao buscar por vida alienígena. Sua tia Olga, cética em relação à existência de extraterrestres, é quem cuida dele após a tragédia familiar.

Uma jornada emocional
A vocação de Elio pelos ETs, embora simplista, ganha profundidade através do arco emocional que o filme apresenta, um dos seus méritos. A narrativa consegue envolver tanto o público adulto quanto o infantil, abordando temáticas complexas que o protagonista, ainda criança, não consegue compreender completamente. O colorido e a essência infantil dialogam com os mais jovens de forma eficaz.
Apesar de algumas simplificações, a história desenvolve a jornada do herói de maneira satisfatória. No entanto, o gancho interessante da temática alienígena se transforma em uma roupagem para uma narrativa genérica de superação.
Visualmente, Elio é deslumbrante, embora alguns filtros roxos e azuis possam ser um pouco irritantes em determinados momentos. A nova técnica da Pixar é bem aplicada, e a direção artística acerta ao evitar alienígenas antropomorfizados.
Por outro lado, os personagens carecem de carisma, especialmente Elio, que é retratado como petulante na maior parte do tempo. Os alienígenas são pouco desenvolvidos, com exceção de Gordon, que se destaca como uma aposta para merchandising.
As mudanças na direção e na equipe de produção são perceptíveis, levando a momentos em que a prioridade do roteiro parece incerta. Apesar disso, é encorajador ver a Pixar tentar novamente contar uma história original, ao invés de mais uma sequência. Contudo, é lamentável que essas novas narrativas não possuam o mesmo molho das produções do estúdio nas décadas de 1990 e 2000.
Com Elio, a Pixar está quase lá. Desde Soul, suas produções originais têm sido irregulares e hesitantes, mas este filme se destaca como um dos melhores recentes.
Nota: 7,5
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