Dólar Recua Mais Uma Vez Nesta Semana e Atinge Menor Valor em Dez Meses
O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (2/7) com uma queda de 0,74%, cotado a R$ 5,4206, o nível mais baixo desde agosto de 2024. Essa é a segunda redução da moeda norte-americana nesta semana, após ter sido cotada a R$ 5,434 na segunda-feira (30/6). O Ibovespa também apresentou queda de 0,36%, fechando aos 139.051 pontos, refletindo incertezas econômicas tanto no Brasil quanto no exterior.
A queda do dólar no mercado brasileiro é impulsionada pela atratividade dos juros altos. Com a taxa Selic em níveis elevados, o país continua a receber fluxo estrangeiro por meio de operações de carry trade, onde investidores buscam aplicar recursos em nações com rendimentos mais altos, como o Brasil.

Influências Externas
No cenário internacional, o recuo da divisa foi influenciado pela divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O relatório ADP revelou que o setor privado americano perdeu 33 mil vagas em junho, contrariando as expectativas de criação de 95 mil postos. Esse resultado aumentou as apostas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve Bank (Fed), enfraquecendo o dólar em relação a várias moedas.
Os investidores também estão atentos ao andamento político em Washington, especialmente após a aprovação do pacote orçamentário do governo Trump, que inclui cortes de impostos e aumento de gastos com segurança e defesa. Se aprovado, o pacote pode adicionar cerca de US$ 3,3 trilhões à dívida pública dos EUA na próxima década.
Impactos no Brasil
O ambiente político no Brasil também gera incertezas, especialmente em relação ao embate entre o governo Lula e o Congresso após a derrubada do decreto que elevava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a necessidade de aumentar o imposto para equilibrar o orçamento de 2025 e sugere tributações adicionais sobre apostas e criptoativos.
O presidente Lula anunciou que recorrerá ao STF para restabelecer o aumento do IOF, alegando interferência do Congresso nas decisões do Executivo. Dados econômicos recentes mostraram que a produção industrial recuou 0,5% em maio em relação a abril, marcando o segundo mês consecutivo de retração.
Expectativas Futuras
Especialistas acreditam que as atenções continuarão voltadas para a política monetária nos Estados Unidos, as negociações fiscais no Brasil e as tensões comerciais globais ao longo do mês de julho. O cenário permanece desafiador, exigindo cautela dos investidores.
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