Dia Nacional do Diabetes: alimentação vai além de retirar açúcar
Mais de 16 milhões de brasileiros convivem com diabetes, muitas vezes sem diagnóstico. A alimentação equilibrada e a informação são aliados fundamentais no controle da doença. O Brasil é o 6º país com mais pessoas com diabetes no mundo, representando cerca de 10,2% da população adulta.
A diabetes é uma condição que pode ser silenciosa, levando muitos a conviverem com a doença sem saber. Existem diferentes tipos de diabetes, cada um com suas particularidades, especialmente em relação à alimentação.
Saiba como cuidar da taxa glicêmica (Divulgação)Entendendo os tipos de diabetes
Os tipos mais comuns incluem:
- Diabetes Tipo 1: Doença autoimune que destrói as células produtoras de insulina no pâncreas, exigindo insulina desde o diagnóstico.
- Diabetes Tipo 2: Mais comum, associada ao estilo de vida e resistência à insulina. Pode ser controlada com alimentação, atividade física, medicamentos orais e, em alguns casos, insulina.
- Diabetes Gestacional: Surge durante a gravidez, aumentando os riscos de complicações para mãe e bebê se não controlada.
- Diabetes LADA: Começa na vida adulta e é semelhante ao tipo 2, mas autoimune como o tipo 1.
- Diabetes MODY: Tipo raro e hereditário, causado por mutações genéticas.
Cada tipo exige um plano alimentar individualizado, mas o controle da glicemia é fundamental para todos.
Diabético pode comer açúcar? A resposta é: depende
Uma ideia equivocada sobre diabetes é que a pessoa não pode consumir açúcar. Na verdade, quem tem diabetes pode, sim, consumir açúcar, mas com cautela em relação à dose, ao contexto da refeição e ao controle.
É importante lembrar que açúcar refinado não é o único vilão da glicemia. Alimentos ultraprocessados, sucos industrializados e doces fit podem causar picos de glicose, mesmo sem conter açúcar no rótulo.
O papel das fibras, proteínas e gorduras no controle da glicemia
Além da contagem de carboidratos, outras estratégias nutricionais são essenciais:
- Fibras: Encontradas em vegetais, frutas com casca, grãos integrais e leguminosas, ajudam a retardar a digestão do carboidrato.
- Proteínas e gorduras boas: Azeite, castanhas, abacate e sementes também ajudam a regular a resposta glicêmica.
Isso significa que um pão branco consumido sozinho terá um efeito glicêmico maior do que quando combinado com ovos, abacate ou farelo de aveia.
Alimentação equilibrada e acompanhamento profissional
Comer bem não significa cortar tudo, mas aprender sobre equilíbrio. O tratamento nutricional no diabetes não deve ser visto como uma sentença de restrição. A ideia de que a alimentação de uma pessoa com diabetes é chata está ultrapassada.
Hoje, sabemos que a qualidade, quantidade e combinação dos alimentos são importantes, e o acompanhamento profissional faz toda a diferença.
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