Decisão de Moraes: Collor é condenado à prisão imediata
O ex-senador Fernando Collor de Mello recebeu uma condenação de 8 anos e 10 meses de prisão, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A pena é resultado de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com cumprimento imediato. Esta decisão marca o fim de uma série de recursos apresentados pela defesa de Collor, confirmando que não há mais possibilidade de contestação.
A seguir, apresentamos os principais aspectos da decisão de 21 páginas que decretou a prisão do ex-presidente do Brasil:

Motivos da Prisão
O ministro Moraes afirmou que a manifesta inadmissibilidade dos embargos […] e seu caráter meramente protelatório autorizam a certificação do trânsito em julgado e o imediato cumprimento da decisão condenatória. Isso significa que os recursos da defesa foram considerados sem fundamento jurídico, utilizados apenas para atrasar o cumprimento da pena.
A condenação está relacionada a um esquema de propina de R$ 20 milhões, pagos pela UTC Engenharia entre 2010 e 2014 em troca de contratos com a BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras. A decisão do STF ressaltou que a prática dos crimes foi comprovada por provas materiais, superando meros depoimentos.
Comprovação dos Crimes
O texto da decisão também destaca que autoria e materialidade delitiva comprovadas. O que isso implica? A Justiça reconheceu que existem provas robustas que demonstram a participação de Collor nas ações ilegais, não se tratando apenas de suposições ou indícios.
A defesa tentou apresentar embargos infringentes, alegando votos divergentes em relação à condenação. No entanto, Moraes esclareceu que esse recurso só é admissível quando há pelo menos quatro votos favoráveis à absolvição, algo que não ocorreu, já que apenas dois ministros votaram contra a condenação.
Consequências da Decisão
Além da pena de prisão, o STF impôs a Collor uma multa de 90 dias-multa e a perda dos bens obtidos de maneira ilícita, assim como a proibição de assumir cargos públicos ou atuar como administrador de empresas pelo dobro do tempo da pena. Isso resulta em uma interdição de aproximadamente 18 anos.
O tribunal também fixou uma indenização de R$ 20 milhões por danos morais coletivos, a ser paga em solidariedade com os demais condenados. Essa quantia será direcionada a fundos públicos para reparação social, reconhecendo o impacto negativo da corrupção na sociedade.
Próximos Passos
O STF ordenou à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal que tome as providências necessárias para o início do cumprimento da pena de Collor. A Procuradoria-Geral da República foi notificada para monitorar a execução da multa.
Moraes solicitou ainda que a decisão seja confirmada em uma sessão virtual extraordinária do Plenário, mas enfatizou que a prisão deve ser efetivada imediatamente, sem esperar por essa confirmação.
Implicações Finais
A prisão de Fernando Collor representa um marco significativo nas ações decorrentes da Operação Lava Jato. O andamento do processo agora depende do STF, que poderá ratificar ou anular a decisão do ministro. Entretanto, até que uma nova deliberação ocorra, a ordem de prisão permanece em vigor.
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