Crise do IOF paralisa CPIs e deixa governo sem alternativas
Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron (Foto: Washington Costa/MF)O governo Lula enfrenta uma situação crítica em relação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para evitar um rombo significativo nas contas públicas, a equipe econômica enfatiza que não há alternativa viável ao aumento do imposto. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou: Neste momento, não há alternativa ao IOF, e ele é imprescindível.
Durante uma coletiva de imprensa sobre os resultados das contas de abril, Ceron destacou que a arrecadação esperada de R$ 19,1 bilhões em 2025 é crucial para manter programas importantes, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e investimentos em Defesa, que juntos representam cerca de R$ 20 bilhões anualmente.
A situação gerou um impasse no Congresso, onde a proposta foi mal recebida. Parlamentares estão se mobilizando para barrar o decreto que aumentou o IOF sobre operações de crédito, câmbio e seguros. Em resposta, o governo se comprometeu a apresentar alternativas em até 10 dias, conforme anunciado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta.
Além disso, a controvérsia em torno do IOF congelou discussões sobre outros assuntos no Congresso, incluindo a análise de 14 pedidos de CPIs pendentes, entre eles a investigação de fraudes bilionárias no INSS. Hugo Motta já avisou que os requerimentos só serão examinados após a resolução da crise do IOF.
Na noite de 28 de maio, a liderança do Congresso se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O encontro abordou a resistência parlamentar ao aumento do IOF e seu impacto na governabilidade. A equipe econômica justificou a necessidade da medida como um passo essencial para garantir o equilíbrio fiscal e a harmonia com a política monetária.
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