Como evitar o golpe do falso advogado que fez David Brazil perder R$ 40 mil
O golpe do falso advogado tem se espalhado pelo Brasil, e a vítima mais recente foi o influenciador David Brazil, que perdeu quase 40 mil reais após criminosos se passarem pelo escritório de advocacia que o representa em uma ação contra a Iberia Airlines. Para ajudar outras pessoas a se protegerem, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) compartilhou dicas importantes sobre como evitar esse tipo de fraude.
Os golpistas utilizam informações públicas sobre processos e sistemas informatizados para coletar dados sensíveis das vítimas. Eles simulam comunicações oficiais e se apresentam como advogados ou servidores do Judiciário, levando os destinatários a realizarem transferências bancárias indevidas. Geralmente, os alvos são pessoas que aguardam decisões em ações trabalhistas, previdenciárias ou pedidos de indenização, e os criminosos usam uma linguagem jurídica sofisticada para enganar suas vítimas.
David Brazil (Portal LeoDias)Veja as fotos
A principal recomendação para evitar cair nesse golpe é desconfiar de abordagens inesperadas. É crucial não realizar pagamentos solicitados por aplicativos de mensagens ou e-mails sem antes confirmar a autenticidade do contato com o advogado, utilizando números de telefone conhecidos. Beto Simonetti, presidente da OAB Nacional, alerta: Desconfie desse tipo de abordagem. Não envie nenhum valor até ter certeza de que o contato é legítimo.
Recentemente, o Conselho Federal da OAB pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública que a Polícia Federal investigue fraudes eletrônicas que envolvem a falsa identidade de advogados. Simonetti enfatizou que a federalização das investigações é necessária devido ao alcance territorial desses golpes, que afetam a segurança jurídica dos credores.
Espelhamento de tela via WhatsApp
No caso de David Brazil, os golpistas usaram o recurso de espelhamento de tela do WhatsApp. Quando a vítima acessou o aplicativo bancário e digitou seu nome de usuário e senha, os criminosos gravaram a tela, capturando todos os códigos de acesso. David explicou: Eles vieram com uma história de que a Iberia faria o pix, já descontando os impostos do governo. Me pediram a chave do pix, eu fiz uma e mandei. Eles disseram que eu tinha que espelhar a tela do banco, para ter certeza de que a conta era minha. Espelhei, e começaram a pedir para eu aceitar a transação, como se o pix estivesse entrando, mas estava saindo. Foi um, foram dois, foram três… Por sorte, eu estava com um amigo do lado, que me alertou.
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