Começou Como Piada, Virou Golpe: Como Memes Podem Ser Usados para Fraudes
A mensagem que começa com Oie, aqui é do Conclave e pede Pix para custear a eleição de um novo Papa pode parecer apenas uma brincadeira, mas levanta um alerta importante. Apesar do tom cômico, conteúdos desse tipo podem ser utilizados para aplicar golpes, especialmente em pessoas que não estão familiarizadas com o ambiente digital, conforme alerta um especialista em direito digital.
Faça parte dessa história e ajude a eleger um novo Papa. Digite sim para receber o link de pagamento. Esse é um trecho de uma mensagem que circula nas redes sociais de forma humorística, como se fosse uma arrecadação para custear as refeições dos cardeais que participarão da eleição do novo Santo Padre após a morte do Papa Francisco.

Os Riscos dos Memes
Embora a mensagem pareça inofensiva, é fundamental ressaltar que memes desse tipo já foram utilizados para enganar pessoas menos familiarizadas com a internet. Não é a primeira vez que mensagens assim se tornam virais, e além de confundir os desavisados, representam riscos reais no ambiente digital.
Um exemplo recente ocorreu durante o velório de Silvio Santos, onde circulou uma mensagem pedindo Pix, supostamente da família do comunicador, para custear o enterro, que era claramente falsa. A piada de mau gosto pode acabar enganando idosos e indivíduos vulneráveis, que não estão acostumados com a linguagem utilizada nas redes sociais.
Casos como esse não são raros; diariamente, internautas acreditam estar em relacionamentos com astros como Brad Pitt ou Megan Fox, entregando suas economias a criminosos que se aproveitam da boa fé alheia. O advogado especialista em direito digital, Daniel Blanck, aponta que tais ações podem ser enquadradas em crimes como falsidade ideológica, estelionato e crimes contra a honra.
O estelionato ocorre quando alguém engana outra pessoa para obter algo em benefício próprio, como dinheiro. Mesmo que a mensagem seja irônica, se a pessoa que pede o Pix disfarçada de brincadeira obtiver vantagem financeira ao enganar alguém, isso é crime!, afirma o especialista.
Adicionalmente, quem compartilhar e disseminar esse tipo de conteúdo pode também ser responsabilizado, especialmente se ajudar a propagar o golpe, contribuindo para que mais pessoas caiam na fraude. O advogado enfatiza que, para proteger os mais vulneráveis, é necessária uma abordagem combinada que envolva medidas legais e educativas, além de uma legislação mais ampla.
É essencial que a lei ofereça uma proteção mais clara e eficaz contra o uso indevido da internet para fraudes e estabeleça punições mais severas para quem utiliza essas ferramentas para enganar as pessoas. Paralelamente, investir em educação digital é fundamental. Campanhas informativas podem ajudar a ensinar as pessoas a identificar golpes, desconfiar de ofertas tentadoras e a tomar precauções, conclui.
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